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O presidente do PSD/Açores defendeu, em Estrasburgo, “uma maior necessidade dos decisores políticos europeus terem em atenção o impacto das decisões comunitárias em regiões distantes como os Açores”.

“Muitas vezes”, disse Duarte Freitas durante um encontro com o presidente do Partido Popular Europeu, Joseph Daul, que decorreu em Estrasburgo, “a União Europeia decide matérias olhando para o seu impacto nos diferentes países, mas esquecendo que essas medidas afetam de forma diferente cada uma das Regiões”.

Um dos exemplos, reforçou, “é precisamente o debate e a decisão em torno do fim do regime de quotas leiteiras”.

“Trata-se de uma matéria que pode vir a ter consequências muito negativas para os Açores”. “É importante assegurar que os Açores não serão penalizados com uma alteração que vai provocar efeitos na nossa principal atividade económica”, alertou.

O presidente dos sociais democratas açorianos defendeu, por isso, que “as Regiões tenham cada vez maior participação na discussão das decisões da União Europeia”.

A esse propósito, Duarte Freitas salientou a forma como decorreu o processo de consulta pública sobre a revisão do programa Posei. “Foi um debate muito participado e que levou à apresentação de diversos pareceres por parte de entidades da Região, casos do PSD/Açores, das entidades que representam o setor e o próprio governo regional”.

Duarte Freitas considerou igualmente “muito importante” o reforço de verbas conseguido para os Açores durante o próximo quadro comunitário de apoio.

“Verifiquei com agrado que o governo da República reforçou as verbas destinadas à Região ao contrário de quem afirmava que elas poderiam diminuir. São verbas muito importantes principal para fazer face à maior crise da história da Autonomia”.

No entanto, alertou, “é necessário que a esse aumento de verbas corresponda um melhor aproveitamento dos investimentos”, algo que, acrescentou, “por vezes não tem acontecido”.

Nos Açores, referiu Duarte Freitas, “é importante substituir o discurso dos números pela constatação dos resultados. Olhando para os números do desemprego e para a situação em que se encontra a nossa economia, somos levados a pensar que o governo regional não está a conseguir aproveitar totalmente esses fundos”.