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O presidente do PSD/Açores garantiu que os sociais democratas açorianos continuarão a defender “os interesses dos açorianos” e “a trabalhar para ajudar a Região a ultrapassar as atuais dificuldades, mesmo com um governo regional “pouco competente a gerir a pesada herança que recebeu” nas últimas legislativas regionais.

Duarte Freitas, que falava no encerramento dos debates sobre o Plano e Orçamento para 2014, no Parlamento regional, lamentou que o executivo socialista “tenha desaparecido do combate à maior crise financeira, económica e social da Autonomia”.

“Hoje, os açorianos que sofrem procuram pelo governo da sua terra e não o encontram”, considerou o líder dos sociais democratas açorianos, garantindo que o PSD/Açores não desistirá de lutar “contra as medidas do governo da República que considera injustas mas também para exigir que o governo regional cumpra as suas obrigações para com os açorianos”.

O presidente do PSD/Açores salientou, por isso, as propostas de alteração dos sociais democratas açorianos aos documentos apresentados pelo governo regional considerando que elas se destinam “a proteger aqueles que passam por maiores dificuldades”.

Nesse sentido destacou o aumento dos complementos de pensão e ao abono de família em 10 por cento, o reforço das verbas para a Universidade dos Açores, o combate às listas de espera cirúrgicas e aumento das deduções à colecta dos lucros reinvestidos pelas empresas regionais.

Trata-se de boas medidas “mitigadoras da austeridade nacional e uma compensação justa pela injusta diminuição do diferencial fiscal acordada entre o Partido Socialista e a troika”.

O presidente do PSD/Açores manifestou “muitas reservas em relação aos documentos apresentados e duvida da eficácia de muitas das medidas aqui propostas pelo governo regional”.

“Consideramos, tal como a generalidade dos parceiros sociais dos Açores, que o Plano para 2014 não pode ser considerado de investimento quando está orientado para pagar muitas obras já feitas ou juros de obras por pagar”.

Duarte Freitas lamentou, por isso, a “incoerência” do Partido Socialista, que “diz-se preocupado com a situação dos agregados familiares açorianos, depois não aumenta o complemento ao abono de família pelo segundo ano consecutivo ou nem apresenta uma proposta para aumentar o complemento de pensão em um euro por mês”.

O presidente dos sociais democratas açorianos lamentou ainda que o governo regional pareça sempre “mais interessado em procurar problemas com o governo da República do que em encontrar soluções para os açorianos”.

Nesse sentido, Duarte Freitas lamentou que o executivo socialista, “tenha anteriormente assumido obras que eram da responsabilidade dos governo de José Sócrates e que agora exija dos outros aquilo que nunca exigiu de si”.

No que respeita à RTP/Açores, o presidente do PSD/Açores considera que a solução que melhor defende o serviço público de televisão e de rádio é a da criação de uma empresa com 51 por cento do capital social da responsabilidade da RTP e 49 por cento da Região, com sede nos Açores e administração ratificada por maioria de dois terços neste parlamento”.

Para Duarte Freitas, “a maioria do capital social da empresa deve ser da RTP não porque o PSD/Açores queira que seja Lisboa a mandar, mas sim porque essa é a forma a assegurar que é mantida uma ligação fundamental para a sustentabilidade funcional e empresarial da RTP e da RDP Açores e a melhor forma de assegurar o vínculo dos seus trabalhadores”.

O presidente do PSD/Açores estranhou, por isso, que “o PS queira agora uma televisão em que o governo da República paga tudo e o governo regional manda em tudo”. “Sendo esta solução o melhor de dois mundo, porque é que o governo regional não apresentou essa proposta ao governo da República quando o governo da República era socialista?”, questionou.