O PSD/Açores considerou que “é descabido falar com euforia sobre a previsão do aumento de receitas fiscais, em que o Governo Regional se baseia para alterar o Orçamento da Região de 2013”, frisando que “estaremos atentos, no final do ano, para, como nos compete, verificar se esse aumento efetivamente se verificou”, disse o deputado António Marinho.
Para o social-democrata, “a alegria e a euforia são, neste caso, mera retórica, pois, independentemente do jogo dos números, os açorianos, as empresas açorianas e as famílias açorianas, sabem melhor do que todos nós as dificuldades que estão a viver nos últimos dois a três anos, em que se instalou a maior crise em tempos de Autonomia”, adiantou.
“É pelo respeito que nos merecem as famílias e as empresas açorianas, e pela necessidade de serem resolvidos os seus problemas, que o PSD/Açores vai manter a sua posição em relação ao Orçamento da Região. Não é pela manipulação dos números que se faça, não é por mais alegria e euforia demonstrada por determinada execução, que se resolvem os problemas das pessoas”, explicou António Marinho.
O deputado avançou ainda que a evolução positiva “não é extensiva a todos os impostos”, já que se prevê “uma redução de 17 milhões de euros em 5 impostos sobre o consumo”.
Sobre a proposta de Orçamento, o parlamentar destacou que “há um aumento de 1,3 milhões de euros na dotação previsional que, segundo o vice-presidente do governo regional, será para uma maior segurança da gestão financeira da Região. Deus queira que essa segurança não seja só até ao final deste mês. E que não seja mesmo só até ao dia 29”, alertou.
António Marinho referiu-se ainda aos 22,4 milhões indicados “como reforço para pagar as faturas em atraso aos fornecedores do Serviço Regional de Saúde”, alertando que “esse montante nem de perto resolve os problemas do setor, onde se sabe que há fornecedores regionais com mais de meio ano de atraso nos pagamentos. Para além de fornecedores nacionais com mais de 600 dias de atraso nos pagamentos, o que pode mesmo levar ao corte na disponibilidade de produtos e serviços por falta de liquidez”, concluiu