O PSD/Açores acusou o governo regional de “bloquear mais de 300 projetos de investimentos de agricultores açorianos por falta de dinheiro”, referindo que “depois de anunciar que estava a cumprir os seus compromissos de forma exemplar, é o próprio executivo a confirmar que há agricultores que vão ficar sem resposta aos seus projetos por falta de meios financeiros da Região”, disse o deputado Renato Cordeiro.
A intervenção motivou a reação do vice-presidente do governo, que confirmou a carência, o que levou o parlamentar a indagar sobre “o mau exemplo” que o governo estará a dar “ao faltar aos seus compromissos desta forma. É este o exemplo que o governo dá. E do qual tanto se orgulha?”, questionou.
O deputado relembrou igualmente a garantia dada em torno dos apoios do programa SAFIAGRI, “que seriam pagos durante o primeiro trimestre deste ano, isto sabendo-se que as candidaturas fecharam em outubro de 2012, mas que continuam em falta. Resta saber se, conforme foi anunciado, os apoios serão pagos até ao final do ano”, avançou.
Renato Cordeiro denunciou também atrasos nos pagamentos relativos aos apoios das intempéries de 2012, sendo que “a tutela alega que haverá situações de incumprimento por parte de alguns empresários agrícolas. Seja como for, há agricultores que ainda esperam por esta ajuda, pelo que mais valia terem dito dizer que não a tinham para dar”, criticou
Sobre as intempéries, Renato Cordeiro propôs a criação de um plano de compensação para os casos de calamidade, em que o governo apoiasse, “sempre que necessário, a aquisição de alimento forrageiro para alimentar o gado, mas apoiando no transporte, pois o problema é que não há alimento forrageiro na Região, logo ter dinheiro antecipadamente não é uma grande ajuda. Ter o alimento disponível ou a comparticipação no seu transporte seria a solução mais adequada”.
O deputado do PSD/Açores recordou ainda, “uma promessa de 2007, feita pelo então presidente do governo Carlos César, quando anunciou a criação do projeto de rede meteorológica automática, uma iniciativa que permitiria melhorar a gestão produtiva, melhorando a informação ao agricultor e precavendo alterações climáticas. mais uma promessa que ficou por cumprir”, concluiu.