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O PSD/Açores congratulou-se com a aprovação unânime da proposta para a classificação das Danças e Bailinhos de Carnaval da ilha Terceira como património cultural imaterial de Portugal, uma pretensão apresentada pela deputada Judite Parreira, que destacou “a dimensão de uma tradição que envolve, todos os anos, centenas de pessoas, entre dançarinos, atores, músicos, autores de música e letras e costureiras”.

“Durante os quatro dias de Entrudo, a Terceira é um corrupio de danças e bailinhos, numa realidade social e artística que, mais recentemente, também as nossas comunidades emigrantes no Canadá e nos Estados Unidos passaram a cultivar com amor e carinho, divulgando-a de forma geracional”, frisou a social-democrata.

Explicando que a classificação pretendida “não deve ser vista como um empecilho ou um espartilho à criatividade que caracteriza as nossas danças e bailinhos de Carnaval”, Judite Parreira não deixou de criticar os argumentos expressões pelo titular da pasta regional da Educação sobre o assunto, expressando que “tanta dificuldade posta confunde-se um pouco com má vontade. Todos os obstáculos que enunciou para a classificação das danças e bailinhos de Carnaval teriam, certamente, impedido a classificação do Fado como património imaterial da humanidade, pois são ambas realidades únicas e intemporais”, frisou.

A deputada fez ainda referência a Alcindo Ornelas, conhecida figura do Carnaval da Terceira, dizendo que “do alto dos seus 75 anos de idade, muito fez, desde o seu Porto Martins para distinguir as danças e bailinhos”. Curiosamente, é lançado hoje um livro sobre a sua carreira artística, pelo que Judite Parreira considerou “esta pretensão, por todos expressa, como a melhor prenda que lhe poderíamos dar como homenagem”, concluiu.