Skip to main content

António Ventura desafiou o Governo Regional “a provar que a ilha Terceira não pode dar um contributo ao desenvolvimento dos Açores”, criticando assim “a verdadeira sangria que a nossa terra tem sofrido, com a perda de serviços e valências. Uma terra cuja centralidade é essencial, e merece outro respeito e outra atenção de quem nos governa, é por isso que no dia 29 de setembro se joga bem mais que uma candidatura autárquica. Joga-se a defesa do concelho e da Ilha Terceira”, afirmou.

O candidato “Por Angra” à presidência da Câmara Municipal da cidade património falava durante a apresentação de um manifesto “com 20 propostas realistas, 20 propostas exequíveis” para liderar os destinos da autarquia, na qual considerou que “só parando essa sangria poderemos manter empregos, fixar jovens e desenvolver a nossa ilha e o concelho. Liderando a câmara municipal de Angra teremos um papel fundamental nessa defesa”, garantiu.

Ventura anunciou um conjunto de medidas em que a criação de emprego, o apoio ao investimento e a valorização da cidade são temas centrais, e onde o combate às térmitas tem lugar de relevo.

“Vamos criar uma medida de combate a essa praga silenciosa, juntando-a à necessária reabilitação urbana de um concelho ainda com ruínas do sismo de 80. É preciso atacar o problema de frente, e a câmara municipal tem de liderar esse processo”, afiançou, anunciando “um fundo municipal que permita resolver esta tragédia. Não contem connosco para fazer de conta, pois isso é o que temos tido até agora”, disse.

Sobre o seu adversário na corrida autárquica, António Ventura lembrou que “só é candidato quem quer, ninguém é obrigado a sê-lo”, e que “não pode falar de proximidade, alguém que se habituou a estar longe das pessoas. Alguém que eu nunca vi nas festas, nas touradas, nas funções, alguém que não conhece as nossas tradições, as nossas festividades, que não conhece o que é nosso. Basta de falarem de proximidade quando, afinal, continuam longe das pessoas e dos seus problemas”, disse.

Artur Lima, candidato à presidência da Assembleia Municipal, comparou as promessas “incumpridas” do PS em 2009 às apresentadas agora, “por Álamo Meneses, um senhor que quer que nos esqueçamos que esteve no governo durante 16 anos. Que foram dele pastas como a Educação, a Cultura ou a Energia. O mesmo Álamo Meneses que disse, há uns anos, que a central geotérmica da Terceira já não se podia fazer, e que agora vem dizer que afinal já é para fazer. O mesmo Álamo Meneses que, durante dez anos, atribuiu um milhão de euros por ano ao Teatro Micaelense e zero ao Teatro Angrense”, lembrou.

Sobre as motivações da candidatura, adiantou que “esta coligação não nasce por acaso. Durante quatro anos fomos a oposição de que Angra precisava e, ao contrário do que nos acusam os socialistas, não fomos nós a impedir qualquer obra no concelho. Eles é que não as souberam fazer”, afirmou, recordando que “aprovámos 3 milhões de euros para o novo Mercado Duque de Bragança. 3 milhões para um projeto muito bonito, com paredes rendilhadas, e onde está ele? Foram eles que não o souberam fazer”, frisou.

Artur Lima fez um apelo direto “aos militantes do CDS, aos militantes do PSD, aos independentes, aos abstencionistas”, para que “esqueçam divergências e escolham votar Por Angra como a única forma de nos salvar destes socialistas, que nos asfixiam, ano após ano”, afirmou.

E estendeu o apelo “aos socialistas descontentes, aos socialistas honestos, aos socialistas que gostam da sua terra”, para o bem “de uma Angra mais viva e para o bem dos Açores”.