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O PSD/Terceira considerou que a criação de um Centro Hospitalar dos Açores (CHA) vai deixar o hospital local “sob a total dependência dos serviços de uma estrutura centralizada em Ponta Delgada”, referindo os social-democratas que “a decisão política do Governo Regional, decorrente da proposta de reestruturação da Saúde, está anunciada, mas não deveria ser implementada”, disse Péricles Ortins.

Em conferência de imprensa, junto aquela unidade de saúde, o presidente da comissão política de ilha criticou a tutela, referindo que “ficamos [ilha Terceira] mais pobres em cuidados de saúde de proximidade, em muitas das especialidades, e perderemos a autonomia de decisão para o tratamento de quem necessita do nosso hospital”

Segundo Péricles Ortins, “mesmo com o eventual recuo das decisões relativas aos cuidados primários, e face à confusão generalizada relativa aos Centros de Saúde de toda a região, parece que a teimosia em criar o CHA poderá seguir em frente, com o consequente esvaziamento do hospital em Angra”, criticou.

“À medida que vão saindo os profissionais de saúde do nosso hospital, outros não serão contratados, pois quase tudo será decidido em São Miguel e sob autorização concedida por quem lá decide. Caso não seja possível uma autorização para deslocação fora da região, resta pagar ou morrer aqui”, afirmou o social-democrata.

Para Péricles Ortins, “com esta decisão, os Açores perdem a capacidade de ter mais do que um pólo para desenvolvimento da ciência em saúde e interajuda, em caso de calamidades ou de qualquer problema hospitalar acidental, uma situação que deveria ser evitada. A Terceira tem uma localização geográfica central e excelentes condições de evacuação aérea, que deviam ser utilizadas para suportar o sistema regional de saúde, reforçando-se o papel do nosso hospital”, frisou.

“Para que serviram os milhões de euros gastos no novo edifício que iremos pagar durante 30 anos?”, questionou, querendo também saber “o que acontecerá quando a pista de Ponta Delgada estiver encerrada ao tráfego, como acontece frequentemente, e já não houver a especialidade médica necessária em Angra ou na Horta”, prosseguiu.

O responsável pelo PSD/Terceira advoga que “a decisão do Governo Regional em relação à reestruturação da saúde é uma má decisão política, que provoca graves prejuízos aos que habitam ou querem viver nestas ilhas. Os terceirenses e os açorianos não podem aceitar esta medida”, concluiu.