O candidato da coligação “Pela Nossa Terra” à presidência da câmara da Horta, Luís Garcia, considerou numa visita a um investimento na área de apoio aos Idosos que está a ser construído na freguesia dos Cedros, que há uma parte da ilha do Faial que está a perder população, segundo os resultados dos últimos censos.
Luís Garcia quer contrariar essa tendência e contribuir para “fixar pessoas nas freguesias mais distantes da cidade”.
O candidato lembrou que esta candidatura fixou como eixo prioritário da sua ação promover um desenvolvimento equilibrado das 13 freguesias da Faial: “Sentimos a necessidade de eleger este eixo prioritário porque vão aparecendo alguns sinais preocupantes de alguns desequilíbrios que importa contrariar e atenuar”.
Um desses sinais é a desertificação de algumas freguesias da Ilha, nomeadamente “as freguesias desde a Ribeirinha até ao Capelo estão a perder o seu principal recurso que são as pessoas, e só nesta freguesia dos Cedros existem cerca de 150 pessoas a menos” quando comparamos os censos de 2001 com os de 2011, frisou.
Esses desequilíbrios surgem também como resultados de políticas erradas e excessivamente concentracionistas: “A política habitacional promovida no Faial tem sido no sentido de atrair pessoas para a cidade, e sobretudo para as freguesias limítrofes desta, esvaziando as freguesias mais longe da cidade e deste lado Norte”, referiu.
As políticas sociais de apoio aos idosos e creches estão também concentradas na cidade e arredores, embora há 4 anos “o partido socialista tenha prometido construir um lar de idosos na freguesia dos Cedros”, o que não cumpriu, realçou o candidato.
Desta forma, Luís Garcia defendeu que está na altura de tomar um conjunto de medidas e políticas que contrariem estas tendências: “Iremos baixar o IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) até 30% desde a freguesia da Ribeirinha até ao Capelo, excluindo a zona do Varadouro, com o objetivo de atrair e fixar pessoas para este lado da Ilha e combater a desertificação”.
Por outro lado, Luís Garcia quer “implementar políticas sociais de proximidade”, que permitem contribuir para “fixar as pessoas nas suas freguesias”, e também “criar alguns postos de trabalho nas nossas comunidades e dinamizar a economia local”.
No apoio aos idosos, o candidato afirmou que o investimento que está a ser construído nos Cedros é um bom exemplo do que considera ser um das respostas sociais de proximidade: “Queremos retardar o internamento dos idosos e mantê-los integrados nas suas freguesias o maior tempo possível”.
Luís Garcia também fixou como objetivo oferecer uma rede de respostas ao nível de “creches e de ATL`s equilibradamente distribuída pela ilha”.
Luís Garcia acrescentou que esta candidatura está “contra o encerramento das escolas do primeiro ciclo nas nossas freguesias, porque isso mata as nossas freguesias e destrói a nossa identidade”.
“Somos contra a concentração das crianças em mega escolas. Sabemos que está a ser construída uma escola grande na cidade, não sabemos de onde virão os alunos para essa escola”, referiu.
Se a estratégia é encerrar as escolas das freguesias rurais, Luís Garcia, está “frontalmente contra e assumimos esse compromisso, e desafiamos também as outras candidaturas a assumir esse compromisso, para que as pessoas saibam com o que contam depois das eleições”, concluiu.