A candidata do PSD/Açores à presidência da câmara municipal da Praia da Vitória considerou que a recente polémica da dívida da autarquia ao Festival Internacional de Folclore dos Açores (COFIT), “que novamente impediu a abertura do certame na Praia, diz bem da situação financeira da câmara. Dois anos para pagar uma dívida de 1500 euros é um exemplo claro da má gestão que tem assolado o concelho”, referiu.
Para Judite Parreira, as atitudes da Câmara da Praia “envergonharam e prejudicaram o concelho, o mesmo fazendo o seu presidente, ao dizer que tinha sido uma opção não trazer o festival à cidade devido aos custos em deslocações e transportes. Negou que a dívida de 1500 euros fosse a razão do sucedido, mas a verdade é que a câmara saldou essa mesma dívida, que durava desde 2011, justamente no dia em que ela foi tornada pública”, frisou.
A social-democrata afirma que o caso “é apenas a ponta do iceberg pois, tal como o COFIT, há instituições do concelho a aguardar pagamentos do Fundo de Coesão Rural atrasados vários anos. E há empresas que estão há dois anos à espera do pagamento de obras feitas. Empresas que assim não podem fazer face aos seus encargos, que despedem pessoal, que por vezes têm mesmo de declarar falência”, assegurou.
Segundo Judite Parreira, a câmara da Praia da Vitória “é responsável pela fragilidade de várias empresas, assim como pela perda de postos de trabalho, pela pobreza de muitas famílias e pelo retrocesso económico do concelho”, lamentou.
“Há prazos legais para o pagamento de obras e de outros encargos camarários. Mas mais importantes são os prazos morais, que permitem às pessoas viver com dignidade e honrar os seus compromissos”, disse a candidata do PSD.
Judite Parreira garantiu que, “se for eleita, os pagamentos serão efetuados de forma célere, para que as empresas, o comércio e as instituições possam ser mais prósperos, e assim contribuir para a economia e o desenvolvimento do concelho”, concluiu.