O PSD/Açores solicitou informações ao governo regional sobre os custos de funcionamento do seu gabinete de comunicação considerando que este, por vezes, se assemelha a um organismo do governo dos Açores “ao serviço do Partido Socialista”.
Num requerimento assinado pelo deputados sociais democratas açorianos José Andrade, Joaquim Machado, Luís Rendeiro e Luís Garcia, recorda-se que “a isenção da administração pública é uma regra basilar do regime democrático. Sendo pública, a administração é de todos e, portanto, deve ser rigorosa, transparente, imparcial, suprapartidária”.
Assim, sendo “natural e conveniente que um governo tenha um serviço de comunicação institucional”, os deputados do PSD/Açores consideram “inadmissível e condenável que esse Serviço esteja ao serviço de uma estratégia partidária”.
Apresentando um conjunto de exemplos recolhidos ao longo dos últimos meses de informações pouco rigorosas ou de mero ataque aos partidos da oposição, os deputados do PSD/Açores entendem que “o Gabinete de Apoio à Comunicação Social do Governo Regional, tal como está, não é, sistematicamente, um suporte institucional de comunicação factual da ação governativa”.
Um dos exemplos apontados é o de uma audiência do presidente do governo com o candidato socialista à câmara municipal de Ponta Delgada.
A esse propósito, os deputados do PSD/Açores questionam se “o presidente do governo regional vai receber e elogiar, através do GACS, todos os candidatos de todos os partidos aos 19 concelhos dos Açores?”.
No requerimento pedem-se ainda informações relativas “ao número de colaboradores do antigo Gabinete de Imprensa dos Açores (GIA) em 1996 e de quantos e quais tem o Gabinete de Apoio à Comunicação Social (GACS) em 2013”.
Solicitam-se ainda informações sobre “os colaboradores que participam atualmente no serviço prestado pelo GACS, designadamente como repórteres fotográficos e assessores de imprensa, a partir dos diferentes departamentos governamentais” e de “quais os custos associados aos colaboradores diretos e indiretos do GACS, incluindo a informação descriminada das funções exercidas e da remuneração auferida”.