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Os resultados escolares nos Açores registados pelos alunos do 6º e 9º anos nos exames nacionais “são consequência do facilitismo registado ao longo dos últimos anos, assim como do contínuo experimentalismo que se tem vindo a verificar no sistema educativo regional”, defende a deputada do PSD/Açores, Judite Parreira.

De acordo com os dados dos resultados escolares nos Açores, divulgados quinta-feira, a média das notas dos exames de Português e Matemática nos Açores ficaram significativamente abaixo da média nacional.

Judite Parreira recorda que, pelo menos desde 2005, o PSD/Açores vem alertando para a necessidade de se estudar de forma alargada e fundamentada, envolvendo as escolas, os professores e a comunidade educativa, as causas do insucesso estrutural verificado nos Açores, sem que o governo alguma vez tivesse ligado a essa proposta.

Para o PSD/Açores, o anúncio pelo secretário regional da Educação de que vai ouvir agora ouvir o Conselho Coordenador do Sistema Educativo sobre este problema “pouco irá adiantar porque se continua a trabalhar em circuito fechado”.

Para a deputada social-democrata açoriana “não se deve absolutizar a importância e o significado dos resultados dos exames. Eles revelam tendências e são elementos comparativos importantes e com significado, mas também não se pode ignorar que os resultados escolares nos Açores são claramente negativos já que deixam os nossos estudantes em nítida inferioridade comparativa perante os restantes alunos nacionais”.

Salienta ainda, que “o governo regional nas justificações para estes resultados esqueceu-se de se referir uma das dimensões do problema que ainda há umas semanas foi enfatizada pelo secretário da Educação: a questão social das famílias e dos alunos que não querem e não gostam de estudar e que estão, por exemplo, no programa Oportunidade, cujas taxas de sucesso e de recuperação são baixíssimas”. É urgente avaliar a aplicação deste Programa nas escolas e encontrar verdadeiras e adequadas alternativas. Uma delas, que pode, efetivamente, ser um bom caminho, é a do projeto Fénix, que foi apontada pelo secretário regional.

Mas, faltou aquele responsável dizer que o alargamento desse projeto que vai ser feito para o próximo ano letivo, por exemplo nas escolas do 3ºciclo que o pretendam contratualizar agora, só foram autorizadas duas turmas “Fénix” do 7º ano de escolaridade”.

Isto significa “que vai haver muitos mais alunos com negativas a Português e/ou Matemática que não vão ser abrangidos pelo projeto Fénix, com a agravante de as escolas que optarem avançar para este projeto ficarem impedidas de terem apoios nas turmas que não são Fénix, o que é incompreensível.”