A candidata do PSD/Açores à presidência da câmara da Praia da Vitória, Judite Parreira, afirmou que o concelho precisa “de um novo paradigma de desenvolvimento, centrado nas pessoas, e visando o combate ao desemprego e à pobreza”, um desenvolvimento que surja “depois de uma política centrada em infraestruturas, pois a Praia precisa das melhores soluções para os problemas que afligem os seus cidadãos”.
Judite Parreira falava na apresentação da sua candidatura, numa sessão realizada na Casa da Ribeira, localidade onde a também deputada regional nasceu e foi criada, e onde frisou que as eleições autárquicas “são as que mais significado tem para as populações, as eleições com que estas mais se identificam e que mais as mobilizam, pois são as que lhes dão voz”.
“O Poder Local é o poder do povo e é determinante para o desenvolvimento das localidades e das suas gentes”, disse a social-democrata, que apontou como prioridades “as áreas sociais e económicas, nomeadamente, através do apoio às famílias carenciadas e desprotegidas, assim como no estímulo à criação e consolidação das empresas”.
“Estas eleições decorrem num período particularmente difícil, numa altura de grande crise, uma crise económica e financeira aliada à problemática da redução, iminente, de militares norte-americanos na Base das Lajes, facto que poderá agravar uma situação social já fragilizada”, alertou.
Mas Judite Parreira foi clara, apelando a que “não podemos baixar os braços, não nos podemos resignar, e por isso queremos apresentar soluções para o concelho, de maneira a atenuar os efeitos nefastos da crise que vivemos e dar esperança aos praienses”, assegurou.
Lembrando que “os concelhos não são todos iguais”, a social-democrata não quer “fazer no nosso o mesmo que é feito nos outros”, pelo que defende “um projeto estratégico de investimento e de desenvolvimento”, assente “no porto de mercadorias e de passageiros, no aeroporto internacional, pois é preciso potencializá-los como motores de desenvolvimento económico do concelho”.
Segundo Judite Parreira, é urgente “recuperar o nosso tecido empresarial pagando atempadamente às empresas. Empresas que esperam dois anos para receber, têm, necessariamente, que despedir funcionários e, em muitos casos , falir”.
A candidata apontou que “há prazos legais para o fazer e, mais importantes ainda, há prazos morais, que permitem às pessoas viver com dignidade e honrar os seus compromissos, contribuindo para a economia do concelho”.
A cabeça de lista do PSD à câmara da Praia da Vitória não quer “o emprego criado através do recurso ao subsídio e à dependência. Porque é preciso apoiar e incrementar o comércio local, nomeadamente o do centro histórico, que tão debilitado está. Para tal, vamos reduzir as taxas de saneamento básico e do IMI”, explicou.
Preocupada “com o futuro dos nossos jovens e famílias, pois há uma falta de emprego e de oportunidades que gera problemas sociais gravíssimos”, a candidata vê “no apoio às famílias carenciadas e desprotegidas uma prioridade para qualquer município”, pelo que defende “um Concelho Municipal da Ação Social, para identificar problemas e concretizar projetos de intervenção face aos problemas sociais”.
“Um concelho para todos não esquece a educação e a cultura, principais pilares de desenvolvimento de um povo. Por isso vamos trabalhar de forma articulada com todas as escolas do concelho, procurando apoiá-las nos seus projetos, adoptando uma política cultural de descentralização, com eventos em todas as freguesias, e apoiando os que se realizem ao longo do concelho”, frisou.
A reabilitação urbana do concelho, “aproveitando fundos comunitários”, e as questões ambientais foram também preocupações que a candidata elencou, prometendo “valorizar o património ambiental que recebemos e contribuir para a sua preservação”.
“Mas a minha candidatura também tem como propósito credibilizar a política no concelho. Transparência e isenção são as minhas palavras de ordem”, afirmou, garantindo que deseja “um concelho onde todos sejam tratados de igual forma, seja qual for a sua ideologia, sem medo de ser da oposição ou de dar a cara por uma qualquer lista, de um qualquer partido. Um concelho onde todos se possam expressar sem medo de represálias e não tenham necessidade de o fazer pela calada”.
Para Judite parreira, “se há alguém empenhado em fechar as portas que Abril abriu, como dizia o poeta Ary dos Santos, nós não vamos permitir que isso aconteça”, adiantou, pois “se ganharmos as eleições, os praienses serão livres de se manifestar e de emitir as suas opiniões, sejam funcionários municipais, ou qualquer outro munícipe do concelho”, concluiu.