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O PSD/Açores considerou “preocupante” o número de açorianos que se encontram nas listas de espera cirúrgicas, acusando o governo regional de estar a esconder esse número.

As listas de espera cirúrgicas, referiu o deputado social democrata açoriano Luís Maurício, numa declaração política no parlamento açoriano, “apresentam-se longas, envolvendo milhares de açorianos, que esperam num sofrimento silencioso a oportunidade de ver a sua cirurgia realizada”.

De facto, referiu, “o governo regional publicou no portal da Direção Regional de Saúde as Listas de Espera Cirúrgicas nos três Hospitais da Região, mas de forma subtil elas referem-se aos doentes que esperam há mais de ano e meio e ignora os restantes”.

“Por via disso os números são bem diferentes dos 2500 açorianos constantes desses dados”.

Segundo o deputado do PSD/Açores, “bem perto de oito mil doentes aguardam em lista de espera, sendo que a 31 de dezembro de 2012, mais de seis mil se encontravam no Hospital de Ponta Delgada. Destes, mais de 900 esperavam há mais de dois anos”.

Segundo Luís Maurício “não se torna admissível que a Região não consiga dar resposta a quem espera por uma cirurgia a cataratas desde 2004 ou a uma prótese da Anca ou do Joelho – arrastando a dor e a incapacidade – há mais de três anos”.

O deputado do PSD/Açores recordou que “no âmbito da discussão do Plano e Orçamento para 2013, em Março passado, o PSD apresentou uma proposta de reforçar a rubrica respeitante às Listas de Espera Cirúrgicas, tendo ficado disponíveis 700 000 euros para esse fim”.

Luís Maurício lamentou, por isso, que “até este momento, nada tenha sido feito uma vez que o governo não mostra uma estratégia que seja percetível, de forma clara, no combate às listas de espera cirúrgicas, deixando quem sofre com esperas inaceitáveis na desesperança de uma solução visível”.

“Continuaremos atentos e exigentes, nesta como noutras matérias, na defesa da acessibilidade dos açorianos aos cuidados de Saúde e, neste caso particular, à resolução das listas de espera cirúrgicas, que nos envergonham perante o país. Enquanto aqui se esperam anos, lá fora esperam-se meses” concluiu.