O PSD/Açores defendeu que as conservas de peixe “sejam excluídas do futuro acordo de comércio livre entre a União Europeia (UE) e a Tailândia, por ficar em risco a viabilidade futura daquela indústria no território europeu, e especificamente nos Açores. O impacto que este acordo possa vir a ter na nossa Região em termos económicos e sociais é preocupante”, disse o deputado Luís Garcia.
Assim, a bancada social-democrata apresentou uma proposta, aprovada por unanimidade, “para que a Assembleia Legislativa se pronuncie no sentido de evitar a inclusão da indústria conserveira no referido acordo, alertando e sensibilizando as autoridades nacionais e europeias – Governo da República, Parlamento Europeu e Comissão Europeia – para os perigos eminentes desse documento. Perante essa hipótese, os Açores têm de ser defendidos”, explicou.
Para Luís Garcia, “a assinatura deste acordo de comércio livre, e nos termos que se conhecem, trará grandes problemas à Região, pelo que é preciso agir. As empresas do setor conserveiro que operam em Portugal e Espanha representam, no seu conjunto, 75% da produção comunitária de conservas de atum e são responsáveis por milhares postos de trabalho”, adiantou.
O deputado lembrou que “os receios das implicações que o acordo encerra levaram mesmo a que os profissionais da indústria conserveira, de Portugal e Espanha, assinassem uma declaração conjunta, a solicitar a sua exclusão desse acordo. Convém lembrar que a Tailândia é a maior exportadora de conservas de atum para a UE, isto apesar do valor máximo de taxas aduaneiras que paga”.
“Um acordo deste género será muito penalizador, e em larga escala, para os Açores, onde a indústria conserveira tem um forte peso na economia, para além de gerar muitos postos de trabalho e de produzir e exportar produtos de alta qualidade. Foi nesse contexto que a nossa proposta nasceu, e que esperamos que se possa evitar o impacto negativo do referido acordo”, concluiu Luís Garcia.