Os vereadores eleitos pelo PSD/Açores na Câmara de Angra do Heroísmo alertaram “para a necessária atuação da autarquia sobre a praga das térmitas no concelho”, exigindo a existência “de um programa próprio de combate à praga, uma vez que não existem medidas práticas ou legislação abrangente e célere para este grave problema”, disse António Ventura.
Segundo o social-democrata, “estamos perante um sismo silencioso em Angra, com todos os custos sociais e patrimoniais daí decorrentes. Um sismo que é tão preocupante como o de 1980, pois a cidade tem um problema grave de infestação de térmitas, que não está a ter a devida atenção do Governo Regional”, criticou.
“A ausência de uma estratégia de combate e de apoio aos moradores atingidos tem aumentado o risco de despovoamento do centro histórico de Angra, tendo em conta que a praga das térmitas conduz a elevados custos económicos para os moradores. E a câmara municipal, como governo de proximidade, deve atuar sobre o problema, com ações próprias mas, em simultâneo, propondo e reivindicando junto do Governo Regional por novas medidas de combate”, explicou.
“Desde 1999 que os especialistas falam do problema e advertem para os graves níveis de infestação da praga e da sua propagação na cidade de Angra e em algumas freguesias”, disse Ventura, citando um estudo em que “25% das habitações de Angra estão atingidas pela praga, com o relatório sobre as térmitas de 2011 a evidenciar um aumento preocupante da infestação”.
O vereador do PSD/Açores lembra também que “existem edifícios públicos que estão severamente atingidos pelas térmitas, como é o caso do Teatro Angrense, um símbolo da cultura de Angra, que está encerrado devido ao nível da infestação”, concluiu.