O PSD/Açores lamentou, no Parlamento regional, que as termas dos Açores tenham funcionado durante várias décadas, inclusivamente durante a ditadura, mas que agora estejam todas encerradas ao público.
Num debate sobre uma alteração legislativa relativa aos profissionais de informação turística, o deputado do PSD/Açores António Pedroso lamentou que os guias turísticos não possam “neste momento mostras as termas regionais” uma vez que todas elas se encontram encerradas, sendo que no caso da Ferraria e do Carapacho isso se deve à degradação verificada depois das recentes obras de requalificação.
De facto, referiu o parlamentar social-democrata açoriano, “as termas dos Açores funcionaram durante a ditadura, sem portos ou aeroportos. Sem guias turísticos. Funcionaram durante os governos do PSD/Açores, quando se começaram a construir portos e aeroportos e quando os primeiros guias turísticos começaram a aparecer, e funcionaram até durante o governo velho do Partido Socialista, quando o turismo conheceu momentos de crescimento e a atividade de guia turístico se começou a expandir”.
No entanto, “hoje, com o novo governo do Partido Socialista não há termas a funcionar nos Açores. Elas estão fechadas. Umas nunca abriram, como o Varadouro ou as Furnas, e outras mesmo reconstruidas há pouco mais de dois anos estão já a precisar de nova reconstrução”, lamentou.
Quanto à proposta legislativa apresentada pelo governo regional que visa a regulamentação da atividade dos profissionais de informação turística, o deputado social democrata açoriano lamentou que ela tivesse sido elaborada “apenas com o intuito de evitar uma multa da União Europeia por violação das regras comunitárias”, considerando que o governo “devia apostar na fiscalização uma vez que todos os dias os guias turísticos regionais são alvo da concorrência de guias estrangeiros sem qualquer qualificação”.
Tal como as termas, esta legislação sobre os profissionais de informação turística é bonita por fora. Dá para alguns bons discursos, mas para pouco mais.