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Os deputados do PSD/Açores eleitos pela Terceira consideraram que a proposta do Governo Regional para a reestruturação do Serviço Regional de Saúde “é um documento lesivo para a ilha e para os seus habitantes, que ficam a perder um conjunto importante de valências ao nível dos cuidados de saúde. Para além do impacto económico e social negativo que a mesma representa”, disse António Ventura.

O social-democrata falava após uma reunião com os responsáveis pela Unidade de Saúde da Ilha Terceira, “onde nos foram apresentadas preocupações que vão de encontro às posições que defendemos” e realçou que, “numa região insular como a nossa, caraterizada pela dispersão e pelo afastamento, é impensável que as medidas se possam tomar da mesma forma que no continente português, onde a descontinuidade geográfica não se põe”, afirmou.

Segundo António Ventura, “há ainda uma outra vertente, que é o forte impacto económico e social que a redução de especialidades vai criar, desde logo com a não fixação de novos médicos na Terceira, levando ainda a que haja menos enfermeiros, menos auxiliares e mesmo menos consumo hospitalar no tecido comercial da ilha”, explicou.

“Estamos a falar, no caso do Hospital da Ilha Terceira, da maior empresa da ilha. Uma ilha que já se sente extremamente afetada pela crise, que se manifesta com a falência de empresas e um crescente número de desempregados”, frisou o parlamentar.

Face às recentes declarações do titular da pasta da Saúde, sobre a continuidade de especialidades – como a Neonatologia – e as queixas da oposição, António Ventura referiu que “é o senhor secretário quem tem de se explicar, pois o documento apresentado pelo Governo Regional é bem claro sobre essas perdas. Pelo que seria melhor não tentar dar o dito por não dito, nem tentar enganar os terceirenses”, avançou.

“O que foi dito aos terceirenses, antes das eleições de outubro, foi que o Hospital da Ilha Terceira teria as suas especialidades aumentadas e que iria servir um conjunto de ilhas do Grupo central. Afinal, e passadas as eleições, é para se diminuirem as valências de uma unidade hospitalar daquela dimensão”, criticou o deputado.

“Estas preocupações não são apenas do PSD/Açores, pois já ouvimos, quer médicos quer enfermeiros do nosso hospital, que nos apresentaram exatamente a mesma posição. O documento que o governo apresentou é bem claro, e indica uma perda que especialidades e valências que não pode ser aceites pelos terceirenses”, concluiu.