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O Partido Socialista dos Açores tem dois pesos e duas medidas quando os governos da República são socialistas ou de outros partidos, considerou o PSD/Açores, denunciando que “em 2009, quando se registaram temporais na Agualva e no concelho da Praia da Vitória, o governo regional e o PS/Açores nada disseram sobre a falta de solidariedade nacional”.

“Nessa altura, o governo regional solidarizou-se com as autarquias ajudando na recuperação dos estragos e sem nunca exigir qualquer solidariedade nacional. Hoje, que o governo da República é diferente, o Partido Socialista dos Açores já exige a solidariedade nacional, mas cala na ajuda regional às autarquias”, considerou o deputado social-democrata açoriano Luís Maurício.

“Em 2009, o governo regional apoiou as autarquias e calou-se porque o governo de Lisboa era do primeiro-ministro José Sócrates”, disse.

O deputado social-democrata açoriano, que falava num debate sobre uma proposta de resolução que visava recomendar ao governo regional que apoiasse as autarquias afetadas pelos temporais deste ano, lamentou inclusivamente que “o governo regional fale muito em solidariedade, mas que o seu presidente nem sequer tenha respondido a uma carta do Presidente da câmara do Nordeste sobre a situação no seu concelho”.

Para Luís Maurício, “este comportamento revela bem como o Partido Socialista dos Açores tem dois pesos e duas medidas. Aliás, essa situação é flagrante quando se vê que o PS/Açores hoje critica o governo da República por o seu primeiro-ministro ‘apenas’ ter telefonado ao presidente do governo, quando em 2009 elogiou o primeiro-ministro José Sócrates precisamente por este ter telefonado ao presidente do governo de então”.

Para o PSD/Açores, “a ajuda é uma exigência que deve ser feita seja qual for o governo da República e não apenas quando o governo da república é de um ou outro partido”.

Nesse aspeto, Luís Maurício recordou declarações do presidente da câmara da Praia da Vitória em que este considerava que a solidariedade nacional em 2009 “não tinha sido solidariedade nenhuma”.