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Um dia destes, numa apresentação de um candidato autárquico, António José Seguro apelava ao Governo da República para que regularizasse o elevado volume de dívidas que o Estado tinha para com as empresas. Dizia que a libertação daquele dinheiro seria muito favorável para a economia portuguesa. E terminava desta forma: “Seria muito importante que o governo pagasse a tempo e horas”.

Não poderíamos estar mais de acordo.

Na altura, só nos pareceu estranha a voz que protagonizou aquela mensagem, ouvida numa peça televisiva. Não fosse o detentor da voz ser a citada personagem e acharíamos que os socialistas tinham finalmente entrado no rumo certo.

É que, ao mesmo tempo, ficámos com uma sensação de “déjà vu”. Essa tem sido uma tecla que o PSD/Açores tem insistentemente tocado, face ao descalabro em que se tornou a atuação do governo de Cordeiro e Ávila no que se refere a pagamentos a quem deve.

Há inclusivamente situações caricatas. Por exemplo, Vasco Cordeiro a dizer que atrasos, só os da Saúde e os do IROA, e no dia antes ter ouvido o Presidente da Federação Agrícola dos Açores a falar dos atrasos nos pagamentos a agricultores.

Aliás, como poderíamos, nesses mesmos dias, escutar responsáveis de diversas instituições que se têm queixado frequentemente de incumprimentos, com graves consequências que estão a ser criadas para o funcionamento das mesmas.

Ou das queixas permanentes e diárias de responsáveis de empresas e de organizações empresariais, que assistem ao arrastar preocupante, designadamente na altura crítica que estão a viver, dos pagamentos que lhes são devidos pelo Governo Regional.

Bem sabemos que os socialistas de cá não gostam muito de Seguro. Até os compreendemos, porque estamos a falar daquele que provavelmente é o mais inconsequente, e vazio de propostas, líder socialista de que há memória.

Contudo, a mensagem que Seguro transmitiu é positiva. Ainda que essa não seja uma preocupação habitual entre socialistas.

Se o governo açoriano não quer seguir a sugestão do PSD/Açores, que siga, pelo menos, a do seu indesejado líder nacional.

A economia açoriana vai agradecer!