O PSD/Açores acusou o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, de “falta de honestidade política”, quando insinuou que o PSD pretenderia, “face ao pedido recente de retirada da proposta de reestruturação do Serviço Regional de Saúde (SRS), entregar o setor à República”, em afirmações “que negamos, e que ficariam mal a qualquer pessoa. Mas vindas do presidente do governo só o descredibilizam nas suas funções”, disse o deputado Luís Maurício.
O social-democrata falava durante o debate motivado pela proposta de reestruturação do SRS, onde reiterou que “o PSD/Açores manifestou mesmo a sua satisfação quando, após audiência com o presidente do governo, o mesmo nos garantiu que seria o orçamento da Região a resolver a dívida da Saúde, sem recurso à República”, explicou.
Refutando críticas do responsável máximo do governo à sua intervenção inicial, Luís Maurício lembrou que o PSD/Açores apresentou já um documento “onde se incluem os princípios que, pensamos, deveriam orientar a reestruturação pretendida, nomeadamente a sua sustentabilidade financeira, que não é tida nem havida na proposta que a tutela apresentou. Pois é omissa nessa questão”, explicou.
“O governo regional está a tentar fazer a diabolização dos partidos da oposição nesta análise à proposta apresentada”, disse Luís Maurício, que citou opiniões expressas recentemente pela deputada socialista Cláudia Cardoso, pelo presidente de câmara da Praia da Vitória, por um grupo de médicos do Hospital da Ilha Terceira e pelo serviço de Urgência do Hospital de Ponta Delgada, “tudo fontes que estão longe de ser partidárias da oposição, mas que se revoltaram contra o documento apresentado”, frisou.
“Esta proposta, que encerra centros de saúde à noite, constitui um claro retrocesso civilizacional para os açorianos. É uma proposta tão má que conseguiu ser rejeitada pelos partidos políticos da oposição, pelos profissionais da saúde e pelos próprios utentes. Ninguém se revê na proposta do governo regional, não por populismo e demagogia, como alguns socialistas tentam insinuar, mas porque é uma má proposta para os açorianos”, concluiu.