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O PSD/Açores considerou que a proposta de reestruturação do Serviço Regional de Saúde constitui, “na ótica da prevenção, um atentado à prestação dos cuidados de Saúde que atinge os terceirenses, mas também outros açorianos”, disse o deputado António Ventura, condenando “a concentração, no Hospital da ilha Terceira, de serviços que funcionam bem, como é o caso dos serviços prestados pelo centro de oncologia”.

O social-democrata falava após uma visita ao Centro de Oncologia dos Açores (COA), em Angra do Heroísmo, onde explicou que, “no fundo, o que se pretende é retirar serviços, caso da Imagiologia, para concentrá-los no hospital, cuja resposta a esse acréscimo se desconhece. Mas sabe-se que a Imagiologia tem uma lista de espera de dois anos no Hospital da ilha Terceira e que aqui [COA] não existe lista de espera”, adiantou.

“Haverá um claro prejuízo para os utentes, no que toca à prevenção, com a retirada de valências como a Ecografia e a Mamografia do centro de oncologia”, refere António Ventura, explicando que a proposta do Governo Regional está mesmo “em contramão face às indicações da Organização Mundial de Saúde, que recomenda mais investimento na prevenção e não tanto na ótica hospitalar”, frisou.

O deputado do PSD/Açores revelou ainda ter tido informações, relativas ao Hospital da Ilha Terceira, de que, “durante dois meses, a maioria dos blocos operatórios vão estar encerrados, ficando apenas a funcionar as cirurgias de urgência. Uma situação que o Secretário Regional da Saúde e a administração do hospital devem esclarecer rapidamente”.

Segundo disse, “constou que há uma norma interna que terá levado a esta decisão, o que pode já fazer prever que as listas de espera em Cirurgia vão aumentar. E quem, novamente, ficará prejudicado vão ser os utentes do Serviço Regional de Saúde”, apontou.

António Ventura recordou que, em 2008, “o vice-presidente do Governo Regional dizia que o novo Hospital da Ilha Terceira ia ter novas especialidades essenciais. Ou seja, o que era essencial em 2008 passou a descartável, havendo claramente uma posição antes dos atos eleitorais e uma atuação diferente após a sua realização, por parte do governo. Neste caso, os terceirenses parecem ter sido claramente enganados”, concluiu.