O candidato da coligação “Por Angra” à câmara municipal de Angra do Heroísmo, António Ventura, disse que o concelho “não pode continuar apático, imóvel, estagnado e esquecido”, sendo necessário “acordar da sonolência e arregaçar as mangas”.
“É este o compromisso que tenho com o Dr. Artur Lima, de recuperar o tempo perdido, de assegurar uma nova gestão em favor de uma causa maior que se chama Angra”, afirmou, António Ventura, na apresentação da candidatura.
“Estou convicto do que digo, porque unimos forças, juntamos as melhores ideias e traçamos o melhor futuro para Angra do Heroísmo. Vamos conseguir e temos a razão do nosso lado”, disse o social-democrata, perante um lotado auditório da Escola Tomás de Borba, onde lembrou que “tínhamos razão quando dissemos, há quatro anos, que os dirigentes do PS não eram capazes de desenvolver Angra. Os eleitos desistiram a meio, abandonaram a câmara e os angrenses e os projetos ficaram na gaveta. Não vamos permitir que o mesmo volte a acontecer”, garantiu.
Segundo António Ventura, “já todos sabemos o que está mal. Mas quero vos falar sobre ideias, sobre projetos, sobre uma nova maneira de agir em prol do progresso do concelho. Quero-vos falar do que temos para oferecer, com uma atitude firme e verdadeira, porque só vamos prometer aquilo que podemos fazer”, assegurou.
O candidato da coligação “Por Angra”, que reúne o PSD e o CDS-PP, quer “um concelho mais solidário. E, para termos uma Angra do Heroísmo mais solidária, nem tudo se resume a mais dinheiro, basta sim termos uma melhor gestão dos recursos existentes. Por exemplo, temos muitas instituições de solidariedade social e não existe um único momento de encontro entre todas para podermos dialogar, de modo a rentabilizar os recursos e a evitar a sobreposição. Cabe à câmara municipal liderar esta articulação”.
“Vamos sentar-nos todos à mesma mesa: Universidade, Associações, Câmara do Comércio, Empresários, para falar sobre o emprego. Para recolher ideias e complementar sinergias, numa altura em que a falta de trabalho é um dos principais fatores de desagregação da família, um dos principais fatores de pobreza”, afirmou o candidato da coligação “Por Angra”.
“Assim, reabilitar e reconstruir serão as palavras de ordem, pois Angra do Heroísmo está cheia de ruínas. Recuperar casas degradadas nas freguesias é a nossa aposta, com um Programa de Reabilitação Urbana para dar trabalho às nossas pequenas e médias empresas e manter o emprego. Basta de dar obras às empresas de fora e as nossas ficarem com os restos, com as subempreitadas. O dinheiro dessa forma é exportado”, frisou.
Da mesma forma anunciou a preocupação “com os filhos da terra que têm dificuldades em continuar os seus estudos, pelo que vamos contribuir para inverter essa realidade, aumentando as bolsas de estudo e apoiando a primeira deslocação. Porque acreditamos nos jovens. São fonte de dinamismo, de criatividade e de esperança, e sem eles, Angra está condenada a parar no tempo”.
António Ventura propõe-se também a descentralizar a cultura, “porque a cidade não pode ser uma sombra para as festividades de freguesia. A cidade não deve competir com elas”, da mesma forma que “é urgente reabrir o Teatro Angrense e resgatá-lo das térmitas. Temos de investir muitos mais porque somos ricos em valores, tradições e identidade. Tenos como tarefa recolocar Angra do Heroísmo no mapa do património da humanidade”, afirmou.
Sobre atual gestão do concelho, o candidato frisou que “é inaceitável e é uma vergonha que a câmara de Angra do Heroísmo esteja submissa perante o poder regional. É uma postura humilhante e repugnante, que jamais aceitaremos”, criticou Ventura, lembrando que “já nos levaram tudo. Foi a Lotaçor, foi o Comando de Policia, foi a Direção de Finanças, foi o aviãozinho da SATA, e agora querem levar a Saúde”, enumerou.
“Mas grave é o poder local não dizer nada. Necessitamos de uma voz reivindicativa. Precisamos de uma câmara e de uma assembleia municipal que bata o pé, que diga não a esta centralização interna promovida pelo PS”, avançou António Ventura, para quem “a câmara não pode continuar a ser um simples balcão de atendimento, deve assumir-se como um poder de defesa de Angra do Heroísmo. E os angrenses têm também agora a possibilidade, com estas eleições, de eleger um poder para defender a Terceira”, concluiu.