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Anéis 1 – EDA
O momento é de aperto e nem é preciso explicar o óbvio. O Orçamento regional reflete aquilo a que designamos simpaticamente por “ajustamento”.

Na prática, “ajustamento” é gastar menos, já que produzir mais, quando as famílias têm menos rendimento disponível, encolhem os gastos e cortam no consumo, … é produzir para deitar ao lixo.

Tínhamos como alternativa produzir para exportar. Mas a economia regional não foi construída para esse lado. Claro que há setores tradicionais vocacionados para tal, nomeadamente o leite a carne e o peixe, mas se uns já estão “esticados” e têm forte concorrência europeia e global, no outro, nem sempre é possível ir ao mar, … e nem sempre ele é generoso.

O setor do turismo olha para o futuro com incerteza e angústia. As acessibilidades são caras, a promoção é amadora e os turistas chegam cada vez em menor número.

Fizemos investimentos em betão para esgotar os fundos comunitários ou para engordar empresas espanholas. Agora todos os anos temos de assinar um cheque gordo. O desemprego continua a crescer e os apoios sociais não chegam para minimizar o desespero das famílias.

Já a rapar o fundo do cofre, o Governo Regional espreita à procura dos “anéis”. Das 58 empresas do setor empresarial regional, apenas a EDA é “ouro de 24 quilates”. Todas as outras, nem vendidas no OLX conseguem comprador.

Acontece que vender os 50,1% que a Região ainda detém na EDA, não é vender um anel. É cortar os dedos. Pode render 80, 90, 100 milhões, que, no dia seguinte, são “aspirados” pelas dívidas aos fornecedores dos 3 hospitais da Região. E não chegam!

E depois? Lembram-se o que é que aconteceu ao BCA e à Açoriana de Seguros? Lá fora eles mandam … e aqui “a gente” obedece. Vá lá. Tomem tino!

Anéis 2 – Promessas Arrisca(das)
Conhecido pela sua “vocação betoneira”, se José Contente quer ser levado a sério, não basta ser … é preciso parecer.
Agora é hora de olhar para as pessoas, principalmente as mais carenciados, … de encontrar soluções inteligentes, rentabilizar recursos existentes e não satisfazer caprichos socialistas.

Ainda nem passaram meia dúzia de anos, quando o governo construiu na Casa de Saúde de S. João de Deus, na Fajã de Baixo, instalações para o tratamento de toxicodependentes e para o programa de substituição opiácea, conhecido por “programa da metadona”. Custaram milhões!

Passado pouco tempo, “arrependeram-se” e decidiram retirar esse programa à Casa de Saúde para entrega-lo à Associação Arrisca. O critério, ninguém o conheceu mas eu desconfio qual foi.

Critérios à parte, José Contente, em visita à Arrisca, não “arrresistiu” e prometeu novas instalações construídas de raiz.

Ouça, só pode estar a brincar com o “pobre”. As outras ainda cheiram a “tinta fresca”!

Anéis 3 – “Rapazes pequenos”?
Segundo informações próximas das negociações entre a SATA e os Sindicatos, na reunião de 3ª feira (finalmente) existiu vontade para negociar. Vá lá, entendam-se!

O que se passou foi mau demais! Se os sindicatos cometeram um erro grave aos escolherem aquelas datas para a greve, a administração, insuflada pela tutela, confirmou a imagem de “rapazes pequenos” que todos desconfiavam.

Quando se exigia profissionalismo e habilidade negocial, ouvimos o Presidente da SATA chamar “abominável” à greve decidida pelos trabalhadores da SATA. Ouça, se queria, pelo menos, evitar o 2º período de greve nas Festas do Senhor Santo Cristo, essa era a última coisa que podia dizer … no arranque do SATA Rali.

Desta vez, antes de estragar tudo, … respire fundo!