O Presidente do PSD/Açores, Duarte Freitas, reafirmou a sua oposição à privatização de mais capital social da EDA, acusando o Partido Socialista de se estar a preparar para não cumprir as promessas eleitorais apresentadas na campanha para as últimas eleições regionais e o próprio programa do Governo onde os socialistas se comprometiam a não privatizar empresas produtoras de bens públicos.
Duarte Freitas, que falava no plenário do parlamento regional, recordou que o Partido Socialista “costuma dizer muitas vezes que consigo compromisso assumido é compromisso cumprido, mas já percebeu que essa frase deixou de fazer qualquer sentido em várias matérias, nomeadamente no que respeita à EDA. Em campanha dizia não querer privatizar e agora está a abrir a porta a essa privatização”.
O líder dos sociais democratas açorianos citou, inclusivamente, o próprio programa eleitoral do Partido Socialista e o programa do governo onde é referido que será concretizada uma reestruturação do setor empresarial regional “libertando unidades fora da esfera de produção de bens públicos”.
“Ora, a eletricidade é um bem público, pelo que não se percebe que o PS se prepare já para abrir a porta à privatização da EDA”.
Além disso, recordou ainda Duarte Freitas, durante o debate do programa do governo, foi o próprio presidente do governo que afirmou em concreto que o processo de privatizações deixaria de fora empresas de setores estratégicos como a EDA e a SATA.
Segundo Duarte Freitas verifica-se agora “uma inversão” em relação a essas declarações. “A máscara das intenções do governo regional sobre a privatização da EDA começou a cair no Orçamento da Região para 2013, quando foi eliminada parte da redação do artigo 12.º nomeadamente a referência em concreto à não privatização de empresas dos setores considerados estratégicos na Região Autónoma dos Açores e de primeira necessidade para as populações.
Duarte Freitas garantiu, por isso, que o PSD/Açores “tal como votou contra esse artigo, não dará agora o seu voto favorável a qualquer proposta que preveja a privatização do capital social da EDA ainda detido pela Região”.