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O deputado do PSD/Açores, eleito pela ilha de São Jorge, António Pedroso pediu informações ao governo regional sobre as dificuldades na assistência médica de emergência prestada a cinco feridos resultantes de um grave acidente rodoviário ocorrido naquela ilha.

Segundo os relatos feitos pelo corpo clínico da Unidade de Saúde de São Jorge, a atual realidade dos cortes nos serviços, aplicados pelo governo regional no sector da Saúde de São Jorge, fez com que as operações de assistência médica se prolongassem por mais de cinco horas.

Em requerimento, o deputado social democrata açoriano, considera que “a situação de emergência ocorrida no último fim de semana, veio a revelar algumas das fragilidades do atual regime de corte de serviços que tem vindo a ser implementada pelo governo regional em São Jorge”.

“De facto, deu-se a infeliz coincidência de se encontrar avariado o equipamento de Raio X no Centro de Saúde das Velas e encerrado o seu laboratório de análises clínicas por decisão da Unidade de Saúde, estando a funcionar o do Centro de Saúde da Calheta”, refere.

Segundo declarações da médica responsável pelas urgências, a assistência aos feridos do acidente tornou-se “complicada” devido às dificuldades provocadas pelas necessidades de transporte.

A diretora da unidade de Saúde afirma mesmo não ter “a mínima dúvida que se tivesse aqui (Centro de Saúde das Velas) os equipamentos, em menos de meia hora teria os exames para poder fazer um diagnóstico”.

Segundo informações vindas a público, as operações de socorro às vítimas acabaram por se prolongar por mais de cinco horas, o que está a deixar a população de São Jorge preocupada com a implementação de cortes na disponibilidade dos serviços de saúde nos dois concelhos.

Assim, António Pedroso, questiona “qual a situação do equipamento de Raio X no Centro de Saúde das Velas e quando estima o governo que a avaria esteja solucionada”. “Vai o governo regional, em função dos relatos do corpo clínico do Centro de Saúde das Velas sobre as dificuldades registadas, determinar a abertura de algum inquérito”, é outra das questões colocadas ao executivo socialista.

Por fim, António Pedroso, questiona se “considera o governo regional que deve repensar a sua decisão de encerrar serviços alternadamente nos centros de saúde que integram a Unidade de Saúde da Ilha de São Jorge e se não considera o governo, tendo em conta a orografia e as dificuldades de transporte na ilha de S. Jorge, que se justifica a existência de serviços a funcionar em simultâneo nas Velas e na Calheta”.