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O PSD/Açores considerou que “o Governo Regional e a administração da SATA Air Açores foram incompetentes” nas negociações com a plataforma sindical aquando dos recentes períodos de greve levados a cabo pelos trabalhadores da companhia. Segundo o deputado Jorge Macedo, que falou hoje durante um debate sobre transportes aéreos, a tutela “apenas apresentou desculpas esfarrapadas, não assumindo a sua ineficiência em todo o processo”.

“O Governo Regional foi o incendiário-mor das negociações. O Governo Regional e a administração da SATA foram incompetentes nas negociações, sobre as quais os açorianos perceberam que o governo não quis ceder nem um milímetro”, avançou, referindo que “um bom negociador não deita gasolina para cima da fogueira. E o que vimos foram declarações incendiárias, que nem um negociador amador faria”.

Segundo Jorge Macedo, e enquanto o presidente da SATA “se mostrava aberto às negociações”, um administrador da empresa “disse que a greve era abominável”, enquanto o secretário da tutela “tentou, veladamente, ameaçar também a outra parte das negociações, alertando para as consequências da greve”, disse.

O PSD/Açores “propôs que se encontrasse um mediador à altura do sucedido, e houve até quem se disponibilizasse, caso de João Proença, o ex-presidente da UGT, mas o governo açoriano não quis. O que se passou foi mau demais”, afirmou o social-democrata, acrescentando que a má atuação da empresa teve como a prova “o rápido reforço que a tutela fez na sua administração, qual equipa de futebol, quando está perto da linha de água”.

O deputado adiantou esperar “que seja possível encontrar-se uma base de entendimento para um consenso duradouro entre a empresa e a plataforma sindical”, pois “está visto, e estas duas greves só o comprovaram, que o transporte aéreo é imprescindível para a mobilidade dos açorianos, que não entendem os regimes de exceção discutidos”.

Jorge Macedo confirmou que “são necessários entendimentos, o que nem foi possível dadas as datas escolhidas para a greve. Essas datas inflacionaram inclusivamente a realidade do impacto da greve, numa altura em que, sem dúvida, a SATA vive o período mais negro da sua história”.

“Tem havido erros imensos na gestão da empresa e identificamos tiques de novo-riquismo com a nova imagem da SATA, uma companhia que o governo regional já utilizou como se fosse uma agência de viagens para ir buscar turistas ao meio da Europa”, concluiu.