O PSD da Praia da Vitória considerou que a proposta de reestruturação do Serviço Regional de Saúde, apresentada pelo Governo Regional para audição pública, constitui, “em algumas das suas medidas, um claro retrocesso das políticas de saúde. É assim para os açorianos de um modo geral, e para os praienses em particular”, disse a presidente da Comissão Política Concelhia.
Segundo Judite Parreira, “a saúde é um bem inalienável com o qual não se brinca porque põe em causa o bem estar e a vida das pessoas. Assim sendo, o encerramento do Centro de Saúde da Praia da Vitória às 20 horas preocupa-nos, pois trará, certamente, consequências indesejáveis para os utentes”, avançou, frisando que o governo regional, que no mesmo documento apregoa a importância dos serviços de proximidade, “tem vindo a acabar com eles, numa clara atitude de incoerência e desrespeito pelas populações”.
Para a social-democrata, “o tempo de austeridade em que vivemos aconselha a uma melhor gestão dos recursos materiais e humanos, pelo que a contenção de despesas é necessária. Compreendemos que otimizar equipamentos seja uma forma de reduzir custos”, explicou, mas “atendendo a que é o próprio Governo Regional que proclama a estabilidade financeira da região, e que diz que o Serviço Regional de Saúde não carece de saneamento ou de qualquer ajuda externa, não compreendemos a necessidade de algumas destas medidas, que consideramos incoerentes e lesivas dos nossos interesses”.
Judite Parreira afirmou que, para o PSD praiense, “resta aguardar a análise e a apreciação do documento em apreço, e que o governo regional, único responsável pelo estado a que chegou o Serviço Regional de Saúde, dê um sinal da sua preocupação para com os açorianos e retroceda numa medida que é puramente economicista e penalizadora das populações”.
A dirigente social-democrata disse também aguardar que Roberto Monteiro, presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, “tenha a vontade e a capacidade negocial, para interceder junto do seu partido e do governo regional, de forma a impedir que medidas com tais efeitos para o concelho sejam tomadas”, concluiu.