Como é do conhecimento público aceitei o convite da Comissão Política do PSD para ser candidato à presidência da Câmara Municipal da Horta nas eleições autárquicas que se realizarão este ano.
Na sequência desta candidatura comunicou-me o Senhor Diretor do Incentivo que teria de suspender a minha colaboração quinzenal com este Diário. Respeito e compreendo a sua decisão.
Acertámos, por isso, que este seria o meu último artigo.
Nesse sentido entendo que não é correto utilizar hoje este espaço para grandes considerações políticas. Prefiro, isso sim, utilizá-lo para fazer dois agradecimentos e deixar uma nota final.
Em primeiro lugar quero agradecer ao Senhor Diretor deste jornal e à sua equipa de profissionais pela forma correta como me acolheram e trataram enquanto articulista deste nosso Diário.
Quero, igualmente, agradecer aos leitores pela paciência na leitura dos artigos que aqui publiquei. De muitos tive, felizmente, incentivo, concordância e reconhecimento. De outros sei da sua discordância pelo conteúdo de alguns textos. Mas neste jornal o meu principal objetivo foi analisar a atualidade e dar a minha opinião e a minha perspetiva sobre a nossa realidade quotidiana.
Foi uma experiência exigente mas muito interessante e enriquecedora. Confrontado, agora, com a suspensão desta colaboração fui revê-la. E fiquei surpreendido! O meu primeiro artigo neste matutino foi publicado no já longínquo mês de janeiro de 2007. Já lá vão mais de seis anos! E, pelos meus arquivos, publiquei cerca de 145 textos. Neles apresentei propostas, fiz críticas, denunciei e alertei sempre com um único e superior propósito orientador: defender o Faial.
Aliás, como deixei logo bem claro no meu primeiro artigo, queria que este espaço servisse “para defender o Faial e contribuir, com humildade e objectividade, para o seu desenvolvimento, como cidadão e também como Vereador da Câmara Municipal da Horta, que sou, na oposição”.
Na altura era efetivamente vereador. E em 2008 fui eleito deputado regional. E este espaço também foi útil para dar a conhecer muitas das posições que assumi nessas funções políticas, ajudando-me a “prestar contas” como entendo que todos os eleitos devem fazer junto daqueles que os elegeram.
Suspendo a minha colaboração com consciência do dever cumprido, no respeito pelos objetivos a que me propus, em coerência com as ideias que perfilho. Defender o Faial é o que me move e é o que continuarei a fazer.
Até sempre!