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Hoje é o dia dos Açores. O dia em que se comemora a Autonomia. Um dia de exaltação dos valores açorianos.

Mas é também tempo para se reflectir sobre o estado da Região. Sobre o aproveitamento das oportunidades que se abrem aos Açores, assim como em relação aos constrangimentos decorrentes da sua condição insular e arquipelágica.

Mas, também, numa perspectiva virada para um passado mais recente, e provavelmente para um futuro mais próximo, é um bom dia para pensar sobre os problemas que vivem os Açorianos.
E este ano, certamente, é o desemprego que está na mente de todos quantos se preocupam com os Açores. E que preocupa, de uma forma muito especial, aqueles que estão a sofrer as agruras desse verdadeiro cataclismo social que se estende a todas as nove ilhas açorianas.

É um problema em agravamento constante. Atingiu a percentagem de 17% no último trimestre conhecido, o que terminou no passado mês de Março.

São 20 mil desempregados. Está na casa de um quarto das famílias açorianas. No espaço de um ano, foram mais 3,300 os Açorianos que se viram afectados, perdendo a sua própria fonte de rendimento e das respectivas famílias.

Entretanto, o Governo Regional vai sempre falando das medidas que sucessivamente fez entrar em vigor para resolver o problema. Antes eram 21, às quais se juntaram mais 60 de uma Agenda que beneficiou do apoio para a sua concretização por parte do PSD/Açores.

Infelizmente, a sua concretização está a revelar-se curta, como comprova o agravamento dos últimos meses.

À propaganda permanente do Governo Regional não corresponde uma melhoria da situação. Muito pelo contrário. O que se constata é que o aumento dos anúncios de medidas tem sido acompanhado pelo crescimento assustador do número de açorianos desempregados.

A concretização da Agenda está a falhar. A preocupação, por isso, é cada vez maior.

No dia da Região, que hoje se comemora, gostaríamos apenas de lembrar os benefícios que o regime autonómico trouxe aos Açores.

Infelizmente, não é possível esquecer os muitos Açorianos que se encontram em situação muito difícil por enfrentarem o flagelo do desemprego.