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O PSD/Açores denunciou que “a preocupante diminuição do número de médicos-especialistas pode comprometer o papel do Hospital da Horta no Serviço Regional de Saúde”, questionando o Governo Regional sobre a atual situação, e querendo saber “quais as diligências que entretanto foram encetadas com vista a resolver as várias carências verificadas”, disse o deputado Luís Garcia.

Num requerimento enviado à Assembleia Legislativa, o social-democrata especifica que o Hospital da Horta “ficou recentemente sem ginecologista e, enquanto essa situação não estiver resolvida, tem de ser feito o acompanhamento das utentes daquela especialidade. E o Governo Regional deve explicar como vai atuar”, referiu.

“Assim como, nas especialidades de urologia, nefrologia e pneumologia, se exige a regularização da situação de forma permanente, pelo que queremos saber como funciona neste momento cada uma delas no Hospital da Horta”, avançou Luís Garcia, frisando “é imprescindível, no mínimo, que se mantenham as especialidades médicas que aquela unidade de saúde possui, com os respetivos médicos ao serviço de forma estável, o que não estará a acontecer”, adiantou.

Uma das valências em causa “surge na especialidade de Ortopedia, uma vez que, nos primeiros meses de 2011, o número de ortopedistas passou de três especialistas permanentes para apenas um. Isso contribuiu em muito para o aumento das listas de espera em cirurgia ortopédica, situação até hoje não foi resolvida nas melhores condições, nem com a deslocação periódica de um médico de outra unidade hospitalar”, salienta o deputado do PSD/Açores.

“Acresce que, e devido ao falecimento do único titular, o Hospital da Horta se viu também privado do seu pneumologista, e a vaga ainda não foi preenchida. Já no final do ano passado, reformou-se o nefrologista responsável pela Unidade de Diálise, o que colocou aquela valência a funcionar com especialistas deslocados de outros hospitais, uma solução aceitável mas claramente provisória”, explica Luís Garcia.

“Também o urologista em serviço no Hospital da Horta já passou à situação de aposentado, sem que a sua vaga fosse preenchida. Trata-se de um conjunto de situações que já justificariam uma política de incentivos especiais de estímulo acrescido para a vinda dos especialistas em carência no Hospital da Horta, e o Governo Regional deve também esclarecer se tem essa opção em vista”, sublinhou.

Luís Garcia lembrou que, “para além da sua função de prestação dos cuidados de saúde às populações das ilhas sob a sua jurisdição, o Hospital da Horta cumpre ainda um papel nuclear e essencial na vida social e económica da ilha do Faial, bastando para tal lembrar o impacto que os cerca de 500 profissionais daquela Unidade de Saúde têm na nossa comunidade. Isso deveria ser suficiente para que o Governo Regional resolvesse estas situações com maior rapidez e estabilidade”, concluiu.