A grave situação de emergência social em que os Açores se encontram exige coragem, determinação e ação.
Basta lembrar que o número de desempregados na Região é praticamente equivalente à população conjunta das ilhas de Santa Maria, Graciosa, São Jorge, Flores e Corvo. É um número assustador e revelador da dramática situação que afeta a sociedade açoriana.
Todos os partidos políticos devem considerar-se convocados para darem o seu contributo para soluções que minimizem o sofrimentos de muitos e muitos Açorianos.
Foi nessa perspectiva que o PSD/Açores se absteve na votação do Plano e Orçamento para 2013. Assim o exigiu o respeito pelo povo açoriano, que vive um momento extraordinariamente difícil.
Curiosa, no debate desses documentos fundamentais, foi a estratégia do Governo Regional a tentar passar a mensagem de um governo novo. A tentar limpar a história da responsabilidade socialista dos últimos dezasseis anos, que originou a situação de catástrofe social que se vive hoje nos Açores.
Mas este governo novo não é dirigido por dois velhos companheiros, Vasco Cordeiro e Sérgio Ávila? Não tiveram ambos responsabilidades diversas em todo o consulado socialista?
Será este um governo novo?
É um governo tão novo que anunciou, no final do debate, um “call center” para a Saúde, prometido pelo presidente do governo velho em 2008.
É um governo tão novo que anda a pedir ajuda aos partidos da oposição para pagar a dívida do governo velho na Saúde.
É um governo tão novo que anda a pedir contributos para resolver o desemprego criado pelo governo velho.
É um governo tão novo que lava as mãos do modelo velho dos bombeiros açorianos.
É certo que alguns socialistas ainda não deram a volta. Ainda falam dos governos PS, como se fosse um e um único. Os socialistas têm que se entender. Têm que resolver o conflito insanável que existe entre um velho governo novo e um novo governo velho.
Os Açorianos é que não podem esperar que se resolva o problema que os socialistas têm entre mãos.
Agora, é hora de executar o Orçamento. É hora do novo governo começar a governar. Bem e melhor do que o governo velho.