O presidente dos TSD/Açores, Joaquim Machado, considerou que o desemprego é um “autêntico flagelo social” na região, exigindo “medidas urgentes” ao governo regional.
“Há uma preocupação com a elevada taxa de desemprego, que atingiu um triste recorde da responsabilidade do Partido Socialista”, frisou, lembrando que cerca de um quarto das famílias açorianas são atingidas pelo desemprego, que tem uma taxa de 16,2% na região.
Joaquim Machado falava após uma reunião do conselho regional dos TSD/Açores, em Ponta Delgada, marcada para analisar o problema do desemprego.
O presidente dos TSD/Açores considerou que o aumento do desemprego “tem efeito da crise internacional e da conjuntura nacional, mas tem razões mais longínquas e profundas que estão na região”, acusando o executivo socialista de não ter acautelado a economia e de não ter sido “capaz de fazer investimento estratégico”.
O representante salientou a “grande percentagem de emprego precário” e de pessoas que frequentam estágios profissionais, considerando que “muito mais de 25 mil açorianos” estão sem emprego estável.
Joaquim Machado criticou ainda a suspensão “abrupta” da formação contínua dos professores e o encerramento de cursos profissionais.
Algumas das medidas apresentadas pelo governo regional, no âmbito da Agenda Açoriana para a Criação de Emprego e Competitividade, têm “mérito”, na opinião do presidente dos TSD/Açores, mas não são “suficientes”, por isso são necessárias “medidas urgentes”, que acautelem, sobretudo, situações em que dois membros do agregado estão sem emprego.
Nesse sentido, Joaquim Machado considerou que se o executivo açoriano “pagar aos fornecedores” estará a contribuir para a estabilização de empregos, criticando o PS por não ter viabilizado a discussão urgente de uma proposta do PSD/Açores para majorar o subsídio de desemprego, na Assembleia Legislativa.