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O PSD/Açores mostrou “grande apreensão” pela evolução dos principais indicadores económicos e sociais da Região, que demostram “falta de perspetivas para uma sustentabilidade futura”, existindo “problemas graves no curto prazo, decorrentes de razões conjunturais, mas também um problema estrutural de desenvolvimento, que urge enfrentar e resolver através de opções e politicas adequadas”, disse a deputada Berta Cabral.

Numa intervenção durante a discussão do Plano e Orçamento para 2013, a social-democrata lembrou que os Açores “receberam mais de 5 mil euros per capita, entre 2000 e 2006, e cerca de 6 mil euros desde 2007, enquanto outras regiões europeias receberam em média 1500 euros. Mas em 16 anos de governação socialista não lançaram as bases de uma Região com futuro, com uma economia sustentável e competitiva capaz de gerar emprego, criar riqueza e de proporcionar oportunidades aos seus jovens e em todas as ilhas”, afirmou.

Berta Cabral lembrou que o governo agora em funções, e que apresenta os documentos provisionais em apreciação, “tem 4 meses de vida, mas tem um histórico e uma responsabilidade política de 16 anos. Não pode pois, cruzar os braços, desculpar-se permanentemente com tudo e com todos e de forma particular com o Governo da República”. Segundo disse “é preciso agir, passar das palavras aos atos, mostrar que vale a pena ter Autonomia e órgãos de governo próprio”, defendeu.

A social-democrata avançou que “estamos no seculo XXI, as receitas estão todas encontradas e testadas”, e assim “o que faz a diferença é saber adapta-las à nossa realidade e agir atempadamente, com visão estratégica”, referiu, frisando que “não se pode continuar a deixar passar o tempo como se o tempo fosse solução para alguma coisa”.

A título de exemplo, a deputada referiu “uma proposta do PSD/Açores, formulada há mais de um ano, para criação de um Fundo de reestruturação de Empresas, chumbada nesta Assembleia com os votos do PS, e agora recuperada pelo governo do PS, como se de uma novidade se tratasse. Antes tarde do que nunca”, sublinhou.

Berta Cabral deixou ao executivo o desafio de “canalizar os fundos comunitários ainda disponíveis, envolvendo os municípios, e pondo rapidamente de pé esse Fundo, antes que seja tarde de mais, antes que haja mais insolvências e despedimentos. É preciso saber ler os sinais dos tempos”, alertou.