O Presidente do PSD/Açores desafiou hoje o Governo Regional e o Partido Socialista “a darem corpo à disponibilidade que afirmam ter de colaborar para lutar contra a crise aprovando a proposta que o PSD/Açores apresentou para a criação de medidas de apoio complementares aos desempregados da Região, em especial aos que se encontram em situação de insolvência”.
Duarte Freitas, que falava aos jornalistas no final de um encontro de trabalho com dirigentes da CGTP/Açores, dedicado ao Plano e Orçamento para 2013, pediu, por isso, “ao PS e ao Governo Regional para que sejam consequentes com a sua disponibilidade e preocupação para o diálogo e aprovem a nossa proposta”, disse.
A proposta de decreto legislativo regional apresentada já no parlamento regional pretende implementar um programa de medidas de apoio a desempregados, nomeadamente com a criação de um regime complementar de apoio ao subsídio de desemprego.
Com esta proposta os sociais democratas açorianos pretendem criar mecanismos de combate à quebra de rendimentos dos agregados familiares, em particular nos casos em que ambos os conjugues se encontram sem trabalho.
Duarte Freitas disse aos jornalistas que esta é uma posição “coerente” com o anúncio da abstenção do PSD/Açores na votação do Orçamento e Plano para 2013. Para Duarte Freitas a proposta do PSD/Açores permite “ver se da parte da maioria socialista e do Governo existe a mesma atitude positiva”.
“O PS em vez de se preocupar em atacar as oposições deve aprovar aquilo que são as boas propostas da oposição, como é o caso concreto da nossa proposta”, salientou Duarte Freitas.
O Presidente do PSD/Açores recordou que a economia da Região travou “mais a fundo” do que no país em 2012. “Em vez dos órgãos de Governo próprio estarem a contribuir para travar a austeridade e a crise, infelizmente, é ao contrário, estão a cavar cada vez mais a austeridade e a crise que temos a nível nacional e internacional”, disse.
De facto, acrescentou, “a taxa de desemprego nos Açores em 2012 subiu mais do que em qualquer outra região do país e registou-se uma quebra muito acentuada nos impostos superior à média nacional. No IVA enquanto a nível nacional quebrou dois por cento, nos Açores esta redução foi de 14 por cento. Isto quer dizer que a nossa economia travou muito mais a fundo do que no país”, concluiu Duarte Freitas.