O PSD/Açores considerou que o Governo Regional deixou novamente a ilha de São Jorge “sem respostas concretas para os graves problemas que nos afligem a todos”, aludindo à visita estatutária desta semana como “mais uma demonstração de que as promessas feitas aos jorgenses foram esquecidas por este executivo”, disse o deputado António Pedroso.
Em comunicado, o social-democrata alertou para “as declarações sombrias dos responsáveis pela saúde, que podem estar a preparar-se para reduzir de forma incisiva a prestação dos cuidados prestados nos centros de saúde da ilha. Com o Secretário Regional da Saúde a optar por fugir às perguntas, recusando responder às muitas dúvidas que pairam em relação ao setor em São Jorge”.
Para António Pedroso, “o discurso do senhor secretário parece contrariar o programa eleitoral do PS, que garantia uma saúde mais próxima das pessoas. Ao invés disso, parece que o Governo Regional se prepara para optar por serviços de saúde mais distantes dos cidadãos e de acesso mais difícil”, criticou.
As críticas social-democratas estendem-se às dificuldades do sector cooperativo em São Jorge, com o deputado a frisar “que se assistiu à reconfirmação da posição do Presidente do Governo de não dar qualquer apoio financeiro às nossas cooperativas, que vivem momentos de grande aflição, e sendo que este sufoco dramático se deve aos modelos errados, impostos pela governação socialista e seguidos ao longo dos últimos anos”, adiantou.
“No final da visita estatutária, os jorgenses ficaram apenas a saber que o executivo se prepara para empurrar com a barriga para a frente os seus compromissos eleitorais em diversas áreas, desde os Transportes à Educação”, acrescentou António Pedroso, não esquecendo “os compromissos que nem sequer foram agora referidos, o que indica que estão esquecidos, como o caso dos apoios à Escola Profissional de São Jorge”.
“O PSD/Açores não deixar de estranhar que as promessas de ajuda feitas pelo vice-presidente do governo tenham sido esquecidas, quando a recuperação daquele estabelecimento é essencial para a economia jorgense. Aliás, bastaria regularizar as suas elevadas dívidas para que a economia local recebesse um importante balão de oxigénio, nesta fase tão difícil”, frisou o parlamentar.
“Infelizmente, o governo regional socialista não pensa assim, e à vista deixou de estar também a prometida Escola Básica e Secundaria da Calheta, cujo projeto já foi apresentado, e que neste momento voltou a estaca zero, com um compromisso de remodelação do projeto que deixou muitas dúvidas sobre a sua real construção”, concluiu António Pedroso.