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O PSD/Açores considerou que a atual situação do Serviço Regional de Saúde “é uma responsabilidade dos 16 anos de governos socialistas”, reiterando que a oposição social-democrata vai continuar a assentar “num contributo sério, honesto e construtivo, para encontrar as melhores soluções para o setor. Mas é ao Governo Regional que cabe governar”, disse o deputado Luís Maurício.

“As opções de gestão da Saúde têm de ser tomadas pelo Governo. Quem ganhou as eleições é que tem de governar”, afirmou o parlamentar, que falava durante uma interpelação sobre a sustentabilidade do setor no arquipélago, afirmando que “a solução passa pelo saneamento da atual dívida”, congratulando-se, no entanto, pela afirmação do presidente do governo “de que esse saneamento será feito no âmbito do orçamento da Região”, referiu.

Luís Maurício frisou que as responsabilidades financeiras da Região, ao nível do setor da Saúde, atingiam, “segundo números oficiais da Inspeção Geral de Finanças no final de 2011, cerca de 706 milhões de euros, acrescidos dos 331 milhões e 700 mil euros da parceria público-privada do Hospital da Ilha Terceira, mais as dívidas bancárias desde então assumidas. São mais de 1000 milhões de euros”, afirmou.

Mas, para o PSD/Açores, “a questão dos números não deve ser vista apenas de uma forma absoluta, porque mais que a questão financeira interessam as pessoas, e a consequência do encargo determinado pela atual dívida, perante a economia local, provoca situações muito complicadas para os cidadãos”, criticou.

“A ausência, mesmo que temporária, de medicamentos nas farmácias, causa direta dos valores em falta com os armazenistas, que não têm por isso liquidez para encomendar os produtos aos laboratórios, leva a que haja receitas suspensas e esperas até na aquisição dos medicamentos pelos açorianos. Para além dos problemas no funcionamento das unidades de saúde”, sustentou.

Luís Maurício realçou a atitude construtiva do PSD/Açores, assegurando que “as nossas intenções entroncam nas necessidades das pessoas, e passam naturalmente pela solução relativa às listas de espera para cirurgias e consultas um pouco por toda a Região”.

“Foi para colaborar na busca de soluções que entregamos, por escrito, as nossas propostas por ao presidente do governo. É uma postura positiva, de contra-propositura, mas cabe sempre ao governo decidir e resolver os problemas”, concluiu o deputado.