O Presidente do PSD/Açores disse estar “muito preocupado” com “a situação dramática em que se encontra o Hospital da Horta” com reflexos “no aumento das listas de espera, na degradação dos cuidados prestados aos cidadãos e com uma dívida sufocante”.
Duarte Freitas, que falava à comunicação social no final de um encontro com o Conselho de Administração do Hospital da Horta, no âmbito de uma ronda de contactos que o partido está a realizar sobre o Serviço Regional de Saúde, disse ter sido com “grande preocupação” que ouviu “os administradores referirem que se encontram numa situação de quase desespero por não conseguirem cortar mais nas despesas”.
“O PSD/Açores não é responsável pela atual situação do Serviço Regional de Saúde na Região, mas não sendo responsável por essa situação dramática, somos responsáveis perante os açorianos para tentar encontrar soluções e ajudar a resolver os problemas que o governo criou”, afirmou.
De facto, acrescentou, “o Serviço Regional de Saúde foi saneado financeiramente no ano 2000, pelo que não há desculpas para o crescimento da dívida para os mil milhões de euros em pouco mais de dez anos”.
Segundo Duarte Freitas, “foi-nos relatada uma situação de drama”, com os responsáveis do Hospital a referirem “que há intenção de implementar um orçamento de base zero sendo que não sabem mais onde cortar” e nalguns casos consideram mesmo “que não é possível cortar mais”.
“Há fornecedores há mais de três anos sem receber e isto tem consequência na qualidade da assistência médica aos açorianos: por exemplo, em ortopedia neste hospital há uma lista de espera de três anos e segundo nos foi relatado registam-se situações de rutura quase todos os dias”, disse.
“Esperemos, por isso, que esta situação dramática não signifique que o Governo se prepara para cortar serviços. Nesse aspeto, o PSD/Açores não concorda com o corte de serviços”, salientou.
Para o Presidente do PSD/Açores, “o mais importante são as pessoas e a qualidade dos serviços”.
Duarte Freitas voltou a manifestar, nesse aspeto, “satisfação pelas garantias dadas pelo Presidente do Governo de que o orçamento regional tem capacidade, sem prejudicar as outras áreas de governação, para ultrapassar estes problemas”.