O PSD/Açores solicitou explicações ao Governo Regional sobre o processo de construção de dois navios destinados às ligações entre as ilhas do Grupo Central, tendo o partido recolhido informações que indicam que os prazos anunciados anteriormente para a entrada ao serviço desses navios estão comprometidos.
De facto, os parlamentares subscritores de um requerimento entregue ao Parlamento recordam que “depois de anulado o primeiro concurso, lançado em 2010, para a construção de dois ferries para o transporte marítimo de passageiros e viaturas no Triângulo e no Grupo Central, em Setembro de 2011 o Governo, através da Atlânticoline lançou um novo concurso, tendo adjudicado a construção dos navios aos Astilleros Armon em Abril de 2012”.
De acordo com o estabelecido contratualmente os navios deveriam ser entregues em Agosto e Novembro de 2013.
Na altura da assinatura do contrato com os estaleiros espanhóis, recordam os subscritores do requerimento, Vasco Cordeiro, então Secretário Regional da Economia, disse que os novos navios “vão mudar radicalmente a forma como se processa o transporte marítimo de passageiros principalmente nas ligações entre as três ilhas do Triângulo (…) e um passo decisivo para que a construção de um mercado interno, que nestas três ilhas tem uma posição de vanguarda”.
Referiu ainda, lembram os deputados do PSD/Açores, que “este é um processo prioritário para o Governo dos Açores”, argumentando que “só quem não conhecer o tipo de operação que é feita no Triângulo, o volume de passageiros transportado e a circulação de carga é que poderá ter dúvidas sobre o facto de ter sido dada prioridade a este processo. (…) É algo absolutamente vital e essencial”, referia o então Secretário Regional da Economia e agora Presidente do Governo Regional.
O contrato assinado entre a Atlânticoline SA e os Estaleiros Armon prevê a construção de dois navios de quarenta metros, uma com capacidade para cerca de 333 passageiros e oito viaturas e outra para 287 passageiros e 12 viaturas, num investimento total de 18,6 milhões de euros.
Os parlamentares do PSD/Açores estranham, por isso, “diversas notícias veiculadas no meio que fazem antever que o processo de construção dos navios se encontra atrasado, comprometendo o início da operação, tal como anunciado na assinatura do contrato”.