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O PSD/Açores denunciou vários constrangimentos do porto da Calheta, na ilha de São Jorge, que têm “prejudicado de forma o desenvolvimento económico de uma ilha e de um concelho, onde são essenciais boas acessibilidades marítimas”, disse o deputado António Pedroso, para quem “o investimento realizado no cais da Calheta não está a ter a rentabilidade desejada e merecida pelos jorgenses”, referiu.

Num requerimento enviado à Assembleia Legislativa, o social-democrata sublinha “os condicionalismos de atracagem no porto que, segundo os armadores, estão relacionados com a falta de segurança que o mesmo apresenta. Condicionalismos que poderiam ser resolvidos pela simples remoção de umas baixas na baía da Calheta”, avançou.

Assim, e para além de questionar o Governo Regional sobre “o conhecimento que tem da situação de não operacionalidade do porto”, António Pedroso defende que “a falta dessa intervenção aumentou substancialmente as despesas no transporte de mercadorias para os empresários da Calheta, que são obrigados a deslocar-se várias vezes às Velas para rececionar as mercadorias”, explica.

“A empresa Transportes Marítimos Graciosenses (TMG) tem tido as suas paragens sempre condicionadas ao estado do mar, pelo que queremos saber se os motivos dos cancelamentos sucessivos das escalas na Calheta foram transmitidos à tutela, e que mecanismos foram ou serão acionados para a solução do problema”.

“O PSD/Açores defende que se deve avançar com as dragagens necessárias à melhoria da operacionalidade do porto da Calheta, pois existindo uma infraestrutura moderna e recém-construída, não é aceitável que não se encontre plenamente operacional”, critica António Pedroso, indicando que “um caso semelhante é o da gare marítima de passageiros, essencial para um eficiente fluxo de pessoas e mercadorias, que continuamos sem saber quando estará a funcionar”.

O deputado lembra ainda que o recente anúncio de diminuições nas taxas portuárias “de nada servirá aos comerciantes da Calheta, já que essa pequena poupança não compensa os sobrecustos derivados da falta de operacionalidade do porto. Uma realidade ainda mais preocupante face ao momento de sufoco financeiro que muitos deles atravessam”, concluiu.