O PSD/Açores defendeu hoje que os festivais de música que se realizam na Região devem ser apoiados oficialmente “com critério e rigor”, frisando que alguns deles constituem “um cartaz importante da oferta cultural com proveito turístico, dinamizando a economia local, especialmente nos concelhos e ilhas de menor dimensão”, defendeu o deputado José Andrade.
A posição do deputado social-democrata encontra-se assumida num requerimento ao governo regional entregue hoje no Parlamento dos Açores, na sequência de uma visita oficial que realizou esta semana à ilha de Santa Maria. Nesta visita oficial, desenvolvida em colaboração com a deputada Aida Amaral, o social-democrata reuniu com 12 instituições e associações culturais marienses, considerando que a ilha “é um bom exemplo de atratividade turística pelos festivais de música de temática própria, promovidos por diferentes entidades em tempos diversos e em espaços distintos, como o Festival Abril em Maio, o Festival Maia Folk, o Festival Santa Maria Blues e, sobretudo, o Festival Maré de Agosto”, explicou.
Frisando que o mesmo sucede um pouco por toda a Região – por exemplo, com a 24ª Festa do Chicharro (Povoação), o 7º Festival Azure (Praia da Vitória) ou o 4º Festival dos Moinhos (Corvo), para além dos programas culturais de cada Município associados às principais festas religiosas dos 19 concelhos – José Andrade requereu ao Governo Regional que esclareça quais as festas e festivais de todas as ilhas que tiveram apoios financeiros durante os últimos quatro anos e quais as que manterão subsídio governamental na atual conjuntura financeira.
Segundo o deputado, o governo “não pode nem deve subsidiar todos os eventos festivos de caráter cultural que decorrem nos Açores, porque já se multiplicam até ao nível das freguesias e, sobretudo, porque a difícil situação financeira atual exige redefinir prioridades”, justificou.”Mas é exatamente quando há menos recursos que deve haver mais critério e mais rigor”, pelo que se impõe “uma melhor aplicação dos dinheiros públicos, que privilegie os eventos associativos com provas dadas de efeito reprodutivo na qualificação da oferta cultural e na dinamização da economia local”. “Se a conjuntura atual não permite manter todos os apoios, que se mantenham os que são determinantes para o turismo cultural”, afirma José Andrade.
“Os eventos não devem nascer porque são subsidiados, mas sim serem subsidiados porque não devem morrer”, acrescenta o social-democrata, que quer ver claros os critérios “que orientaram e que vão definir os apoios financeiros atribuídos pelo Governo Regional a festas e festivais no último quadriénio e nos próximos quatro anos”. “Para o ano especial que agora começa, é preciso conhecer antecipadamente as entidades beneficiárias e os montantes estimados, tanto para os eventos de iniciativa associativa como de organização municipal”, concluiu.