Governo Regional e SATA bloqueiam desenvolvimento da ilha do Pico

O PSD/Pico considerou que é altura de dizer “basta” a um Governo Regional “que tem sido a principal força de bloqueio ao desenvolvimento da ilha”.

As palavras são de Marco Costa, o novo líder social-democrata do Pico, que registou, em conferência de imprensa, “um veemente protesto e repulsa, pelo anúncio da estratégia aérea da SATA para o Pico”, referiu.

Segundo frisou, “é inadmissível e incompreensível o número de voos previstos para o verão IATA e, dentro deste, para o período entre meados de julho e meados de setembro”.

Marco Costa afirma que a ilha do Pico “tem sido discriminada pela SATA e pelo Governo dos Açores. E não pode, nos meses de verão, voltar a contar apenas com três voos semanais, nem quatro como aconteceu em 2018 com a marcação, tarde e a más horas, de um voo extraordinário”, lembrou.

“Grande parte dos passageiros que querem viajar para o Pico tem de passar por outros aeroportos, com todas os constrangimentos que isso acarreta”, criticou, recordando que “esta foi a segunda ilha da Região que mais cresceu no número de passageiros em 2018, com cerca de 15 mil, num aumento de 12,4%”.

O presidente do PSD/Pico exigiu diretamente que “o número de voos diretos com Lisboa reflita o nosso crescimento nos últimos anos. Nos meses de verão, particularmente de meados de junho a meados de setembro, tem de haver um mínimo de seis voos semanais diretos com Lisboa”, adiantou Marco Costa.

Os social-democratas picoenses também reclamam que o número de lugares disponibilizados para reencaminhamentos internos, nomeadamente de São Miguel e Terceira, “seja aumentado, para podermos usufruir das possibilidades trazidas pelas companhias que só voam para esses aeroportos”.

Marco Costa sublinhou a necessidade de, no próximo inverno IATA, “haver um mínimo de três ligações semanais com Lisboa”, lembrando que, em 2017, esses voos “apresentaram uma taxa de ocupação a rondar os 75%. Em junho foi superior a 80%,e em julho e agosto superior a 90%”.

“O PSD já pediu os dados relativos a 2018, mas ainda não os obteve”, acrescentou.

Para aquele responsável social-democrata “é injusto que a administração da SATA e o Governo Regional não concedam um aumento considerável do número de lugares em voos diretos com Lisboa”.

“É uma atitude ultrajante e reprovável da SATA e do Governo Regional, enquanto acionista, para com os picoenses. O Pico é constantemente subjugado nas acessibilidades aéreas, que são um fator essencial para o sucesso da sua economia”.

“Temos condições endógenas de excelência, e que devem ser potencializadas. Não podem nem devem ser travadas por um governo regional centralista”, reclamou.

O PSD da ilha do Pico frisou sentir, “todos os dias”, que o PS e o Governo Regional “não estão ao lado das ambições da nossa ilha. É uma postura que fere a coesão regional, e contra a qual vamos continuar a lutar”, concluiu Marco Costa.