Balanço de 2018. Açores têm o pior governo da história da Autonomia

O PSD/Açores considerou, num balanço ao ano que agora termina, que 2018 confirmou que a Região tem o pior Governo da história da Autonomia.

Segundo Daniel Pavão, coordenador do Gabinete de Estudos dos social-democratas açorianos, “o presidente do governo regional foi cúmplice de diversos abusos de poder”, dando como exemplo o facto de Vasco Cordeiro “nada ter feito perante os escândalos das evacuações médicas e dos salários da direção da ARRISCA”.

“Este ano ficou provado que o secretário regional da Saúde, Rui Luís, interferiu numa evacuação médica, em benefício da familiar de uma gestora pública nomeada pelo governo do Partido Socialista. O que fez Vasco Cordeiro? Manteve o secretário da Saúde em funções”, lembrou o dirigente do PSD/Açores.

Daniel Pavão apontou também a “incapacidade de agir” do presidente do governo no caso da diretora regional de Prevenção e Combate às Dependências, Suzete Frias, que, enquanto fundadora e dirigente da ARRISCA, “foi pessoalmente beneficiada por decisões tomadas pela direção a que presidia, ao auferir um salário superior a quatro mil euros mensais, pagos com dinheiros públicos”.

“Também neste caso Vasco Cordeiro manteve a diretora regional em funções, mostrando ser um governante sem autoridade para punir os abusos cometidos pelos membros do seu governo. Se Vasco Cordeiro ainda tivesse algum sentido de decência política, teria agido. Como nada fez, é cúmplice destes abusos”, disse.

O ano de 2018 “fica também na história pelo início de investigações judiciais a diversas empresas, como a SPRHI, e entidades públicas, como a ATA – esta por suspeitas de corrupção –, tal como foi amplamente divulgado na comunicação social”.

“Coincidência ou não, o governo de Vasco Cordeiro apressou-se a fechar a SPRHI e a sair da ATA”, referiu.

O social-democrata considerou que o ano ficou igualmente marcado pelas “sucessivas mentiras” do governo regional sobre o processo de privatização da SATA Internacional, tendo Vasco Cordeiro sido “o responsável máximo por esta fraude política”.

“Este ano, o governo andou mais de 100 dias a fingir que havia uma proposta concreta para a compra da SATA Internacional. Nunca houve proposta. Nunca houve negócio. Como se já não bastassem os 200 milhões de prejuízos em 10 anos, em 2018 Vasco Cordeiro continuou a prejudicar a companhia aérea de todos os açorianos”, sublinhou.

Para o coordenador do Gabinete de Estudos do PSD/Açores, “Vasco Cordeiro é o responsável máximo por todas estas situações”.

A “grande vitória” dos professores açorianos perante a “intransigência” do Partido Socialista e do governo regional é outro dos factos relevantes de 2018, segundo o social-democrata.

“Um mês após terem chumbado a proposta do PSD para a recuperação integral do tempo de serviço dos professores, o governo regional e o Partido Socialista, que sempre quiseram esperar pela solução nacional, deram o dito por não dito e recuaram em toda a linha, anunciando uma proposta semelhante à que haviam rejeitado”, lembrou.

No balanço do ano, Daniel Pavão destacou ainda a “atuação hesitante do governo regional perante as diversas notícias sobre casos de alegados maus tratos a idosos” na Região.

“Também neste caso o PSD/Açores não hesitou e exerceu o seu direito potestativo de criar uma comissão parlamentar de inquérito ao funcionamento da Rede Regional de Cuidados Continuados Integrados”, recordou.

O social-democrata acrescentou que, em 2018, “o governo de Vasco Cordeiro continuou a marcar passo no combate à pobreza, como confirmam as estatísticas reveladas há um mês e que revelam que um terço da população açoriana vive abaixo do limiar da pobreza”.

Para o dirigente PSD/Açores, “a governação de Vasco Cordeiro aumentou a dívida pública em 1.000 milhões de euros, mas não conseguiu tirar um terço da população da pobreza”.

“Em 2018, a governação de Vasco Cordeiro bateu no fundo do poço e de lá não quer sair, arrastando consigo a esperança dos açorianos e mantendo o povo de mão estendida, para que consiga garantir a única coisa que interessa a este governo do PS: eternizar-se no poder”, concluiu Daniel Pavão.