Audições a gestores públicos confirmam “desastrosa intervenção” do governo

O PSD/Açores considerou que as audições dos administradores da SINAGA e da Santa Catarina confirmam a “desastrosa intervenção” do governo regional naquelas empresas, que representou “custos inaceitáveis para o erário público”.

“A audição dos presidentes dos conselhos de administração da SINAGA e da Santa Catarina, bem como a análise das contas de 2017 daquelas empresas, no âmbito da comissão de inquérito, confirmam a desastrosa intervenção do governo regional, com custos inaceitáveis para o erário público e sem que tenham sido atingidos nenhuns dos pressupostos que fundamentaram aquelas intervenções”, afirmou o deputado social-democrata António Vasco Viveiros.

O parlamentar do PSD/Açores e porta-voz do partido para a Economia e Finanças falava à margem dos trabalhos da comissão parlamentar de inquérito ao setor público empresarial regional.

António Vasco Viveiros salientou que os resultados da entrada do governo regional no capital das referidas empresas “não poderiam ser piores”, tendo a SINAGA e a Santa Catarina acumulado dívidas de dezenas de milhões de euros.

“A SINAGA suspendeu a sua atividade centenária de laboração de beterraba sacarina e apenas lhe resta agora proceder à venda do seu património, com o objetivo de liquidar o seu passivo superior a 28 milhões, na sua maioria avalizado pelo governo, sendo que até à data já foram injetados mais de oito milhões de euros nesta empresa”, frisou.

No caso da empresa Santa Catarina, apontou o social-democrata, “já foram injetados 12,8 milhões, mantendo-se a empresa inviável e em falência técnica com um passivo superior a 14 milhões de euros, acumulando sucessivamente avultados prejuízos e dívidas à segurança social”.

“A desastrosa atuação do governo regional na gestão da Santa Catarina põe em causa a viabilidade de uma empresa que é fundamental para a economia da ilha de São Jorge”, disse António Vasco Viveiros.