Indecência – Opinião de João Bruto da Costa

Em outubro de 2017, o Presidente do IAVE garante que no novo exame de Matemática A “o IAVE não vai introduzir surpresas na prova”, porque como se trata de uma prova nova sem terem existido provas modelo e perante a dúvida sobre a desigualdade que iria gerar, era necessário que alunos e professores não fossem levados ao engano.

Mas nada disso aconteceu!

Alterou-se estrutura, cotações, extensão, grau de dificuldade, com alternativas desiguais num mesmo enunciado, enfim, em total oposto ao que fora garantido oito meses antes.

Segundo a Associação de Professores de Matemática: “tudo o que podia correr mal, aconteceu”!

E, sendo assim, mais do que uma aldrabice ou uma ratoeira, foi uma marretada num pilar fundamental da sociedade: a confiança; e uma pena injusta para alunos e professores.

Um aluno cumpre com o que lhe foi exigido durante o seu percurso escolar e é enganado no teste que o sistema preparou para avaliar todo esse percurso.

Uma “desigualdade”, diz a Sociedade Portuguesa de Matemática, resultando numa violação de direitos fundamentais.