Duarte Freitas afirma que governo “continua a esconder” contas da SATA

O presidente do PSD/Açores afirmou que o governo regional “continua a esconder” as contas de 2017 do grupo SATA, apesar destas já terem sido aprovadas em assembleia geral.

“Os açorianos são os acionistas do grupo SATA. Porque é que os açorianos, que são os detentores da SATA e que merecem saber o que se passa, não conhecem as contas do grupo? Porque é que o governo continua a esconder as contas da SATA?”, questionou Duarte Freitas, na abertura das jornadas parlamentares do partido, que decorrem nas ilhas das Flores e Corvo.

O líder dos social-democratas açorianos salientou que o governo regional foi “desmentido” pelo presidente da Assembleia Geral da SATA, que afirmou terça-feira que as contas de 2017 do grupo foram aprovadas há três semanas, contrariando as declarações do executivo regional.

“Porquê este obscurantismo em relação às contas da SATA de 2017? Até porque está em funções uma comissão parlamentar de inquérito a analisar o setor público empresarial regional, sendo elementar que o grupo SATA, pela importância que tem, seja analisado neste âmbito”, frisou.

Duarte Freitas alertou ainda para o período de “turbulência” que a SATA atravessa presentemente, com “greves e pré-avisos de greve”, tendo considerado que “é preciso que o conselho de administração realmente exista”.

“Face à turbulência que existe no grupo e a algum desleixo do conselho de administração, desconhece-se quem são os interlocutores da parte da SATA para tentar ultrapassar estas situações, para que os açorianos não sejam afetados em demasia”, disse.

Para o presidente do PSD/Açores, “quem acaba por pagar por toda esta situação na SATA são os açorianos”.

Duarte Freitas lembrou que, há cerca de um ano, escreveu uma carta ao presidente do governo regional manifestando preocupação com a situação do grupo SATA e propondo soluções, mas que nunca recebeu resposta.

“A SATA é demasiado importante para os Açores para que não seja feito algo. Da parte do PSD, já há um ano que, responsavelmente, apontámos soluções que não foram implementadas e, em alguns casos, a situação até piorou”, concluiu.