Ah-Tu-Não-Mias – Opinião de João Bruto da Costa

Os acontecimentos da luta dos professores dos Açores descobriram a careca dos socialistas e de como a questão autonómica está dependente da vertente partidária e da fidelidade política.

Em menos que nada, o Governo dos Açores arruma a autonomia no baú dos assuntos que só interessam quando isso não prejudica os interesses do partido e da sede em Lisboa.

Ouvir governantes com pastas onde a região assume competências próprias, como é a educação, dizer que a recuperação do tempo de serviço dos professores está dependente do que Lisboa mandar, ao contrário da Madeira que assumiu as suas próprias responsabilidades, só encontra justificação na obediência ao todo poderoso líder Carlos César que, para não deixar o Governo do continente a falar sozinho, não autoriza que os Açores façam a negociação com os docentes açorianos, dotados de uma carreira própria.

Para o PS Açores, primeiro o partido, depois o partido e acima deste apenas César, verdadeiro imperador de uma autonomia submissa aos interesses políticos e às exigências partidárias de Lisboa.