Berta Cabral defende regime especial de apoios sociais para o Pico

A deputada do PSD/Açores na Assembleia da República, Berta Cabral, defendeu hoje a criação de um regime especial e transitório de apoios sociais à ilha do Pico, tendo em conta “os despedimentos ocorridos na COFACO, uma empresa presente no Pico desde 1963, que foi sempre o maior empregador da ilha, e que garantia trabalho a cerca de 4% da sua população ativa”.

Numa intervenção feita na Comissão do Trabalho e Segurança Social, a social democrata sublinha que “estamos perante a extinção de cerca de 180 postos de trabalho direto, na sua maioria ocupados por mão de obra feminina. Para além do desaparecimento de muitos outros indiretos, decorrentes do impacto negativo que o encerramento da COFACO provocará na economia do Pico em geral, e em particular nas empresas fornecedoras de bens e serviços em setores de atividades conexos”, afirma.

Berta Cabral lembra que, na sequência do encerramento da fábrica da COFACO, “o PSD defende a majoração do valor dos apoios sociais, a facilitação de acesso e o prolongamento da duração desses apoios sociais a quem se encontre em situação de desemprego, nos três concelhos da Ilha do Pico”.

A deputada entende que o Pico deverá ter um nível de apoios sociais “idêntico ao da ilha Terceira, na medida em que estamos perante uma realidade social e económica de impacto equivalente”, explica.

“A extinção de 180 postos de trabalho no Pico, uma ilha com 14 mil habitantes, tem um impacto na economia equivalente à redução de cerca de 400 trabalhadores civis da Base das Lajes, atendendo a que a Terceira tem uma população de 55 mil pessoas”, acrescenta.

“Havendo um programa especial de apoio social para a Ilha Terceira, na sequência da referida redução, não há razões para que a Assembleia da República não tome uma medida idêntica para o Pico, face ao encerramento da COFACO”, diz ainda a deputada.

Berta Cabral conclui, lembrando que o programa especial de apoio social para a Terceira “prevê uma majoração em 20% para o subsídio de desemprego e a duplicação do período de concessão. O abono de família foi majorado em 25% e o RSI tem uma majoração de 20%”, refere.