e-mobilidade – Opinião de João Bruto da Costa

Os Açores vão construir mais dois navios de passageiros. Um pelo infortúnio, outro porque sim.

Com o desaparecimento de um dos navios que era para servir o grupo central e que deixou de fora uma das suas ilhas, será necessário construir um novo navio para o substituir, quem sabe, um dia que se lembrem que um não são dois e que enquanto dormem sobre o assunto a mobilidade sofre mais um revés.

Revés sofreu, também, a promessa de construir mais dois navios; maiores e mais caros para servir essa mobilidade. Aqui também descobrimos que dois não são um, mas já que não há dinheiro para dois faz-se pelo menos um.

Quem não é tido nem achado para este ziguezague de construir navios é o Plano Integrado de Transportes (PIT), que mesmo sem nunca vigorar foi revogado sem apelo nem agravo, juntando-se a outro, o PECA (Plano Estratégico de Coesão dos Açores).

Numa região cujo maior desígnio é unir as ilhas dando proximidade ao que a natureza afastou, continuamos a ter um modelo virtual e um mercado interno também virtual, com um governo sem descer da “nuvem”.