PS incapaz de se posicionar ao lado dos graciosenses e condenar a inércia do Governo regional na promoção das Termas do Carapacho

O Partido Socialista confirmou hoje que é incapaz de se posicionar ao lado do interesse geral e coletivo da Graciosa e condenar a inércia do Governo regional na promoção das Termas do Carapacho, um ativo importante daquela ilha, cuja concessão, anunciada há sete meses pelo executivo, continua adiada no tempo.

João Bruto da Costa, que defendeu no parlamento um voto de protesto do grupo parlamentar do PSD/Açores pelo não lançamento do concurso para a concessão e exploração das Termas do Carapacho, considerou que o voto contra do PS demonstra a “falta de razoabilidade” do partido que suporta o executivo açoriano.

“Quem anunciou que ia concessionar as Termas do Carapacho foi o PS e o Governo, que criou há sete meses um grupo de trabalho para preparar o caderno de encargos e lançar o concurso. Estranhamente, agora, o PS e o Governo afirmam que ainda não há caderno de encargos porque não querem cometer o erro de concessionar. Em que ficamos? As Termas vão ou não ser concessionadas?”, questionou o deputado do PSD/Açores eleito pela Graciosa.

João Bruto da Costa frisou que esta “mudança de posição” do Governo tem de ser explicada aos açorianos. O deputado lembrou, inclusive, que o PSD/Açores entregou um requerimento através do qual solicita ao executivo esclarecimentos sobre as Termas, denunciando que o período regimental a que o executivo está obrigado a responder foi ultrapassado sem que as respostas tenham sido dadas.

“Só o PS e o Governo podem explicar porque é que não querem o concurso. Tem de existir um motivo que não passe por culpar o anterior concessionário, porque não foi anterior concessionário quem escolheu os materiais, que não eram adequados, como acabou por reconhecer o próprio Governo regional, para uma obra que correu mal”, sublinhou o parlamentar social-democrata.

João Bruto da Costa lamentou que com o aproximar da mais uma época alta a Graciosa esteja ainda privada do funcionamento em pleno das Termas do Carapacho, sobre as quais, depois de gastos 4 milhões de euros, o Governo “prometeu a concessão para que houvesse uma exploração com maior profissionalismo e até para as integrar num circuito de certificação termal”.

“Estamos em abril e, lamentavelmente, não temos uma oferta consolidada, com promoção adequada e apta a ser incluída na programação dos operadores, para que as Termas voltem a ter a notoriedade que granjearam ao longo de mais de dois séculos”, afirmou o deputado do PSD/Açores eleito pela Graciosa.