Dados sobre consumo jovem de substâncias aditivas nos Açores confirmam apatia de um Governo que ignora medidas de combate

O PSD/Açores alertou hoje para os números “dramáticos” que colocam os jovens açorianos a liderar o consumo de substâncias aditivas em Portugal e acusa o Governo de ser politicamente responsável por este flagelo, já que foi incapaz de desenhar e executar uma estratégia de prevenção e combate às dependências.

“O Governo é o grande e único responsável político pela situação dramática dos Açores ao nível das dependências. É um Governo sem estratégia, que vive para as fotografias e para os anúncios de circunstância, enquanto a Região se afunda nas dependências”, afirmou Carlos Ferreira, deputado do PSD/Açores.

Um inquérito do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências feito a 81% dos 2914 jovens dos Açores presentes no Dia da Defesa Nacional, em 2016, revela que os jovens açorianos têm o maior e mais regular consumo de anfetaminas, cocaína, alucinogénios e de novas substâncias psicoativas, a nível nacional, conforme noticiou esta semana a Antena1/Açores.

“O Governo regional não pode continuar a fechar os olhos a esta situação dramática e a receber com apatia dados estatísticos que nos obrigam a agir. É urgente que se avance para a implementação de uma verdadeira estratégia regional de prevenção e combate às dependências”, defendeu Carlos Ferreira.

O deputado lembra que o PSD/Açores tem vindo a denunciar e a alertar para as consequências da inação do executivo regional na última década no que respeita à prevenção e combate à toxicodependência, frisando que se tratou de uma “década trágica para a população açoriana, em especial para a juventude”.

Segundo Carlos Ferreira, o inquérito aos jovens açorianos que participaram no Dia da Defesa Nacional “confirma, uma vez mais, o caminho cambaleante do Governo regional no combate à toxicodependência”, como já havia também demonstrado o mais recente relatório nacional “A Situação do País em Matéria de Drogas e Toxicodependência”, conforme alertou em fevereiro o PSD/Açores.